Saturday, December 14, 2024

We Live in Time

 Em pleno outono eis que pela mão do Studio Canal surgiu o filme romantico do ano, com uma dupla de atores em boa forma, o filme surgiu para uma vertente comercial embora com disfarçadas aspiraçoes criticas tendo em conta o momento em que estreou. Comercialmente o filme ficou-se pela mediania que impediu grandes ambiçoes na temporada de premios, sendo que por sua vez comercialmente os resultados tambem nao foram brilhantes principalmente tendo em conta o bom momento mediatico de ambos os protagonistas.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme romantico sobre personagens e sobre a perda. E um drama emotivo que acaba por cometer o mesmo erro que ultimamente tem sido sistematico que é o fracionar temporalmente com avançoes e recuos na linhagem temporal, sem que isso seja particularmente bem contextualizado, levando o espetador a ter que pensar sempre onde está em vez de reagir emocionalmente aquilo que o filme lhe quer proporcionar.

A historia e simples no plano romantico, proximo do que muitos outros filmes ja fizeram, deixando algumas despesas aquilo que fosse a quimica entre a dupla de protagonistas. Esta acaba por ser satisfatória sem ser explosiva, mas neste ponto o lado rebelde de Pough sempre presente pode nao ter ajudado o impacto da dupla. Em determinados momentos o filme toca em opçoes interessantes embora não procure muito esse debate nas personagens.

POr tudo isto temos um mediano filme romantico, que no final nao nos da particularmente nada de novo, a nao ser a indecisões de quem ve o fim de vida proximo, mas mesmo neste plano o filme acaba por o deixar para um segundo plano, talvez com a sensação que o pudesse tornar muito pesado. Assim temos um filme romantico simples, dramatico, com atores de primeira linha mas que tem dificuldade em se diferenciar do que ja foi feito.

O filme fala de dois jovens, um recem divorciado e uma rebelde chefe de cozinha e a relaçáo que começa a existir entre eles com avanços e recuos e com o marco de uma doença oncologica que os faz colocar questões sobre as suas decisoes de vida.

O argumento do filme e conhecido, nao tem na sua concretização nada de particularmente diferente. Fica a ideia que o filme tenta fracionar-se temporalmente para nao ser tao dramatico, mas tambem fica ideia que existia espaço para mais originalidade nos dialogos ou mesmo naquilo que são os momentos das personagens e os seus debates.

Crowley foi um realizador que surpreendeu o cinema com a beleza de Brooklyn mas que depois falhou em toda a linha com Pintassilgo. Aqui e depois de uma passagem pela televisao tenta ganhar novamente a atençao no terreno onde funciona melhor, ou seja no lado romantico, embora o filme nao seja propriamente muito trabalhado na componente estetica.

SObre os interpretes ambos sao muito presos aos seus maneirismos, que funcionam se a personagem se encaixar no estilo, mas que os torna quase sempre parecidos, sendo claramente mais vincada essa rigidez em Garfield. Pough tem mais intensidade mas o papel merecia alguem mais suave para encaixar melhor na dupla.

O melhor - As questoes que coloca sobre como reagir a doença

O pior - A fraçao temporal em moda nem sempre nos parece funcionar


Avaliação - C+

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