Saturday, December 28, 2024

Carry-On

 A Netflix apostou forte nesta epoca de natal num filme de ação, em contexto natalicio que tem como total inspiração a forma como Die Hard nos anos 80 se tornou num classico imediato de natal. Comercialmente o maior sucesso da aplicação, acima de tudo potenciado pela data de lançamento, criticamente as coisas tambem correram bem a este filme de ação rapida num contexto fechado, que se tornou no sucesso mais mediatico do ano da Netflix.

Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme de ação simples, um acontecimento, um espaço, e um heroi no sitio errado a hora errada. O problema do filme é que o seu protagonista nunca consegue ser minimamente um convincente heroi e o filme sente muito essa dificuldade. Para alem do mais muitas vezes conseguimos nutrir alguma maior simpatia e reação pelo temivel vilao mais do que pelo heroi o que demonstra que neste particular pelo menos o filme nao consegue balançar o lado emocional.

A função de entertenimento é cumprida de forma simples, nao e daqueles filmes com grandes narrativas, dialogos ou mesmo com uma intriga por tras muito densa. SObre este aspeto fica a ideia que o filme desiste de a tentar explicar preferido que esta seja declaradamente indiferente do que propriamente permitir que o filme perca muito tempo neste aspeto.

Por tudo isto Carry On e um filme que ocupa espaço, que deixa o espetador minimamente associado a sua historia, mas esta longe de ser um grande filme em qualquer um das suas vertentes, mesmo quando comparado com blockbusters semelhantes. Fica a ideia que muitas das coisas sao impossiveis, e que principalmente na personagem central existe muita coisa que fica pelo caminho.

A historia segue a vida de um aeroporto e um desiludido guarda do espaço, que de repente vê-se envolvido numa ameaça global, em que ou compactua com as ambiçoes do terrorista ou tudo o que ama se perde.

O argumento do filme  um classico de açao, um espaço, um inimigo desconhecido com um controlo total do espaço, e uma corrida contra o tempo. O filme explica muito pouco as motivaçoes, o filme perde pouco tempo nas personagens e dialogos, isso da-lhe um caracter imediatista, mas tira-lhe dimensao.

Collet Serra e um realizador dedicado a este tipo de filmes que teve na colaboraçao frequente com Liam Neeson O filme tenta arriscar mais numa sequencia de estrada mas e pouco naquilo que tenta ser o cunho pessoal do realizador para o filme. Parece mais um tarefeiro de Hollywood do que outra coisa qualquer.

No cast Egerton parece ter perdido nos ultimos dois anos algum do conceito de ator do momento que teve ate então, e este filme exibe esse baixar de forma numa personagem, cinzenta, pouco empatica bem diferente do que ja tinha feito mesmo no genero. Bateman com vilao e arriscado, principalmente porque o associamos sempre a uma figura simpatica, dai que este balanço nao vai de encontro ao que o filme espera.


O melhor - A forma como o filme e imediato nos seus momentos.

O pior - As personagens


Avaliação - C

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