Desde o primeiro momento em que foi anunciado, e mesmo após as primeiras visualizações rapidamente este drama sobre a decisão sobre o novo Papa tornou-se num favorito a temporada de premios, quer pelo tema, pelo realizador e acima de tudo pelo magnifico cast reunido. Depois da estreia e pese embora as criticas muito favoraveis ficou a ideia que as nomeaçoes poderão ser o melhor que o filme podera conseguir, mesmo que comercialmente o filme ate tenha obtido resultados razoaveis.
Conclave é um filme que começa bem em todos os detalhes tradicionais da morte de um papa e o inicio de todo o processo, é detalhado, é muito forte do ponto de vista estetico e de promenor, colocando o lume certo para aquilo que vem em seguida que é a intriga da decisão. Aqui o filme nao começa com um ritmo elevado, percebe-se dia a apos dia que o filme vai adquirindo ritmo, e a escolha de tornar mesmo o espetador externo ao que se passa no exterior acaba por ser uma opção inteligente de um filme competente.
O problema do filme é o exagero do seu final, que o torna completamente invermosivel, quer na decisão, mas acima de tudo na parte final de um apontamento que acaba por ser irrelevante naquilo que o filme quer, a nao ser um surpresa final, mas que no final pouco ou nada tras para o desenvolvimento do filme. E obvio que o filme e bem trabalhado em quase todos os seus elementos, como interpretaçao, realização e banda sonora, mas fica a ideia que quer o final, e mesmo o ritmo algo lento do inicio do filme nao o tornam uma obra singular.
Por tudo isto, e sendo praticamente adquirido que Conclave sera um filme chave nas nomeaçoes para premios, fica a ideia de um bom filme que nunca consegue ser excelente tirando a interpretaçao central, do sempre competente Fiennes. A intriga parece sempre mais de um filme compercial do que propriamente de um filme com ambiçao a premios, onde o final nao permite o impacto que se calhar todos pensaram que poderia ter.
A historia do filme e bastante facil de sumariar, apos a morte de um papa, os cardeais juntam-se para tentar escolher um novo, no processo tipico de conclave e todas as jogadas e promenores associados a essa mesma escolha.
O argumento do filme demonstra trabalho no estudo de como tudo ocorre ao promenor. Na intriga politica central, ja vimos melhor embora o filme seja competente no problema e acima de tudo na forma como as personagens os encaram. O final parece despropositado porque acima de tudo torna-se quase so uma surpresa sem grande impacto.
Berger tinha surpreendido o mundo do cinema no seu filme anterior. O realizador alemão que tinha surpreendido esteticamente num filme de guerra volta a ter essa cautela e qualidade estetica neste filme, num dos prismas que melhor funciona no filme. Provavelmente vai conseguir novamente muitas nomeaçoes para premios numa carreira ate ao momento muito interessante
No cast temos uma excelente construção de Fiennes o qual se apresenta num momento de forma brutal que se calhar ja justificaria um premio que lhe foge há diversos anos, pese embora nao seja o seu melhor papel. O cast é eficaz embora seja sempre Fiennes que o domine.
O melhor - Entrar no sempre misterio do conclave
O pior - O final torna o filme pouco ou nada realista
Avaliação - B
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