Todos anos em Janeiro, o festival de Sundance e uma montra de filmes independentes que são rapidamente aquisicionados por companhias maiores, que vão sendo lançados ao longo do ano com maior ou menor entusiasmo. Um dos primeiros filmes a ter visto a luz do dia na edição deste ano foi este peculiar filme sobre a perda, que foi contratado diretamente pela Searchlight e depois divulgado pela hulu, depois das boas criticas conseguidas, principalmente para Nico Parker. Comercialmente não sendo um filme de massas poderá ser um filme em que tropeçamos na aplicação Disney +.
Sobre o filme podemos dizer que o tema do mesmo não é facil ao conjugar por um lado a perda, e a doença e a adolescencia e a ansia de viver. O filme tenta gerir estes momentos pela imaturidade da personagem central e em algum exagero nas dinamicas, isso não faz com que o filme seja impactante e intenso quanto ao luto ou a preparação para o luto, com momentos suaves de filme de adolescente os quais contornar com um drama familiar mais intenso.
Não é um filme por si só fora do comum, parece sempre que o ponto que melhor funciona no filme acaba por ser a forma como a personagem central se liga com uma personagem mais velha com quem desabafa sobre o seu dia. E o lado menos esteriotipado e o mais emotivo do filme, no restante o filme é mais convencional embora saiba organizar as coisas para os seus objetivos ainda que simples.
Normalmente Janeiro e Fevereiro não sao meses para grandes filmes, mas este acaba por ser um filme interessante sem ser brilhante, arquitetados em tres boas interpretações uma historia nada comum e pior que isso com muita intensidade emocional, mas que acaba por no final ser um filme que é competente sem ter a capacidade de ser estraordinaria.
A historia fala de uma jovem adolescente que vive para o irmão, doente terminal que chama a si toda a atenção da sua mãe, deixando-a quase com a vida de adolescente paralisada, ate que a mesma consegue entrar num grupo de amigos e viver a adolescencia enquanto o seu irmão esta internado aguardando pela morte.
O argumento do filme é pesado e dificil, e mesmo a tentativa de dar aos dialogos um tom mais ligeiro nem sempre e conseguido. Nao um filme que consiga ter um humor que se destaque mas o balanço entre pontos acaba por ser funcional no registo final do filme.
Na realizaçao a estreia da atriz Laura Chinn e simples, num procedimento tipico dos filmes indepententes norte americanos com o lado contextual de uma pequena cidade, e pouco mais, deixando fluir as interpretações e o argumento e muitas vezes uma boa opçao de começo.
No cast o maior destaque vai para Nico Parker, a filma de Thandie Newton muito igual a mãe que vai buscar a ingenuidade que o filme quer para a personagem, sendo que a jovem domina por completo o filme e os seus momentos, bem auxilidada pelos sempre competentes Harelsson e Linney.
O melhor - As conversas entre Doris e Paul
O pior - Fica a ideia que esta relação deveria ser mais potenciada no filme
Avaliação - B-
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