Apõs a sua apresentação no festival de veneza, este festival de excentricidades do conceituado realizador Yorgos Lathimos, chamou todos os holofotes para si ganhando o festival e ficando logo na pole position dos oscares, mesmo perante um filme controverso, rebelde e polemico, que aguentou a corrida aos oscares onde esta bem representado nas nomeaçoes, fruto de uma excelente receção critica, uma das melhores do ano. Comercialmente não estamos perante um filme para todos, mas principalmente em Worldwide o resultado e mais que suficiente para sustentar a presença nos premios.
Sobre o filme podemos dizer que tecnicamente e um filme muito bem feito, a forma como os cenarios são idealizados e pintados a mão a forma como as imagens foram filmadas pelo estilo proprio do realizador que nos dá um dos filmes artisticamente mais bem pensados dos ultimos tempos, que nos leva numa viagem pela estetica como Lathimos tao bem sempre soube fazer.
O problema do filme é o que transmite, esta especie de Frankstein sexual acaba por ser na sua primeira fase excentrico mas bem humorado, depois torna-se apenas estranho e no final deixa-se adormecer. A ideia e brilhante e tinha tanto palco para abordar que o exgero do crescimento apenas sexual da personagem se torna demasiado redutor para uma ideia e um contexto onde parece claramente que o filme tinha todos os ingredientes para ser uma obra prima, que na minha opinião nunca consegue ser ja que sinto sempre que transmite pouco.
Por tudo isto resulta um filme esteticamente e em termos produtivos do nivel mais elevado que Hollywood pode dar, intrepertado com um elenco de luxo, um argumento que na primeira parte parece acompanhar todos estes pontos que se perde no final, quer em termos de ritmo quer em termos de moratoria, num cinema que se pede que transmita bem mais em mensagem do que este consegue fazer.
A historia fala de Bella uma contruçao de um estranho cirurgião criado pelo corpo de uma suicida com o cerebero de um bebe que ela esperava, que rapidamente começa a conhecer o mundo com a mente de uma criança no corpo de uma adulta e todas as suas aprendizagens.
O argumento de Mcnmara é arrojado na ideia e funcional na maior parte do tempo. Parece-me que na fase final o filme perde um pouco o norte, e no que diz respeito ao mar de possibilidades que aborda e monocordico no exagero do tom sexual quando o mesmo, apesar de importante poderia ser mais um entre outros mundos de descoberta da personagem.
Lathimos tornou-se nos ultimos anos um dos realizadores mais diferenciados e adorados de Hollywood pelo risco, pela abordagem unica estetica que apresenta nos filmes que o tem conduzido ao seu proprio espaço, que tem em Poor THings o seu trabalho mais diferenciado nas suas componentes.
No cast Emma Stone tem um papel digno de oscar e é provavel que o obtenha facilmente este ano nesta construçao arriscada mas que entrega e constroi a sua medida fruto dos seus recursos bem conhecidos de todos. Ao seu lado RUffallo brilha com o seu estilo descontraido que encaixa perfeitamente no registo que o filme quer ter e Dafoe e sempre sinonimo de consistentia e visua.
O melhor - O lado artistico com todas as imagens sao captadas
O pior - O filme perder a mensagem no segundo segmento, ou pelo menos a dilui.
Avaliação - B-
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