Thursday, February 15, 2024

Anyone But You

 É comum na época de Natal existirem alguns filmes, com objetivos meramente comerciais de forma a preencher o espaço nas salas de cinema no período de ferias grandes. Um desses projetos foi esta comédia romântica com uma dupla de protagonistas do momento, com um realizador típico deste tipo de projetos. Criticamente a mediania esperada acabou por ser o prato do dia e comercialmente o filme beneficiou de ser um filme mais ligeiro numa época de filmes mais densos, o que acabou por lhe dar competente resultado.

Sobre o filme temos a típica comedia romântica do odio ao amor que já vimos dezenas de vezes nos mais diversos contextos. Aqui temos a mudança para o estilo cultural australiano, dois atores próximos do publico mais jovem, alguma sexualidade para resultar no típico produto comercial, que acaba por ficar muito aquem do que ja vimos com a mesma historia, com outra produção e principalmente com mais química entre os interpretes.


O filme tenta sempre ter mais graça do que realmente tem quer no lado sexualizado, quer no lado dos animais, quer nos momentos em que tenta ir buscar os veteranos para momentos de humor para os quais estes nunca realmente estiveram vocacionados. Por tudo isto surge como principalmente ingrediente alguns momentos cliché de comedias românticas e principalmente o espaço físico de Sydney que normalmente não conhecemos.

Assim um filme simples para ocupar espaço, com todos os ingredientes já utilizados em estilos semelhantes, com um casal ok em termos de química mas longe do que de melhor já vimos, mas acima de tudo um filme que procura tornar leve o que nem sempre acaba por ser engraçado, mas com um propósito claro que era ocupar o espaço do cinema simples que acaba por fazer.

A historia segue um casal de pessoas solteiras com dificuldade em assumir uma relação séria, os quais depois de uma noite juntos acabam por começar a odiar-se numa serie de mal entendidos que vai ficar ainda pior quando ambos embarcam para a Australia de forma a participarem num casamento de pessoas proximas de ambos.

O argumento segue a serie de cliches que ao longo do tempo foi sendo criada em comedias romanticas do odio ao amor. As piadas são as de sempre, algumas das quais pouco conseguidas, num filme que ja vimos, e melhor em tudo do que este que acaba por ter os cliches das comedias atuais e pouco mais.

Will Gluck foi um realizador que surpreendeu no seu Easy A, que foi ganhando uma fama de estúdio, a qual foi posteriormente perdendo principalmente depois do falhanço total que foi o filme Annie. Aqui tenta recuperar o tempo perdido, mas parece ir ter a casa de partida, muito longe do conceito que ja tinha atingido.

O filme foi buscar dois atores da moda para este filme que nada exige dos mesmos para alem da sua presença. O filme é apenas isso para eles Sweeney e a adolescente irreverente do momento, que não nos parece potenciada para este registo, Powell ainda é pouco mais do que um Ken, e o filme não altera nenhum destes conceitos de ambos.


O melhor - Não tenta ser mais do que uma simples comedia romantica.

O pior - Ja vimos o mesmo corpo com muito mais graça


Avaliação - C-



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