Sobre o filme podemos dizer
que temos o tipico segundo filme de uma sequela, já pouco existe para explicar
então o filme limita-se a lançar um vilão, que por acaso ja entrava no primeiro
filme, e dar-lhe mecanismos para ser mais forte, e depois temos quase duas horas
de CGI ao maximo com sequencias de ação interminaveis que espremido quase nada
trazem em termos de historia, narrativa e guião. O que não funcionou no primeiro
filme, volta a não funcionar, o humor e o lado mais terreo da personagem
central, que melhor funcionaram no primeiro filme ficam reduzidas a duas ou três
sequencias que acabam por se esvaziar a si próprios.
A intriga também fica muito
aquem do esperado, um dos pontos que vai alimentando filme apos filme este tipo
de historias, são a introdução de novas personagens por atores mais ou menos
conceituados que acabem por dar nova luz, ou mesmo novos estilos que o filme
nunca consegue repetindo as personagens, dando roupagens novas que apenas usam o
CGI em excesso, erro cada vez mais irritante em todos os filmes de grande
estudio que vamos vendo ser lançados com o impacto que acaba por nunca ser o
esperado. Este tipo de registo associado a um filme que não trás nada de
completamente novo, acaba por se tornar o filme num acesso a dinheiro mas que
nada tras de novo ao DCU.
Assim para os fas de Momoa e deste estilo de Aquaman
temos um filme convencional, que consegue ser menos rebelde e menos original do
que o primeiro filme, resgatado muitas vezes por escolhas musicais que tentam
dar alento a um filme que fica sempre demasiado solto ou mesmo demasiado ambiguo
nos seus pontos fulcrais, sendo um episodio longo de uma serie de segunda linha
onde o abuso de CGI torna-se na maior parte do tempo mais irritante do que
funcional, num filme que pede cada vez mais espaço e que não consegue introduzir
elementos que o torne mais impactante.
A historia segue Aquaman que agora tem de
partilhar tempo na sua terra natal como pai de familia, e como rei da Atlantida
até que um vilão com uma arma unica e poderes ocultos coloca em causa a
segurança dos seus, tendo de se aliar ao seu temivel irmão para tentar por cobro
aos intuitos de tao malefica personagem e colocar a salvo os seus.
O grande
problema do filme começa desde logo na falta de elementos diferenciadores da
historia. As personagens são as mesmas ainda que em posiçoes ligeiramente
diferentes, todas tem mais poderes, mas a historia do mau com poder que quer por
termo a tudo ja e mais gasta do que qualquer outra em Hollywood e o filme
abraça-a como unica opção. Mesmo em termos de humor ja vimos nesta saga muito
mais risco e presença.
Na realização Wan volta a abraçar a realização do filme
num exagero de CGI, um realizador que sempre foi pioneiro no terror que criou
autenticos filmes de referencia no genero, sente-se perdido neste registo que
efetivamente nada trouxe de assinalavel para a sua carreira, onde o terror e os
seus mundos parecem a luva, e este uma tarefa que se limita a cumprir.
No cast a
escolha de Momoa como aquaman é acertada pela irreverencia e o lado humoristico
que entrega a personagem, mas o filme isola-se nele, Wilson e Kidman são
elementos decorativos e a escolha de Mateen II nunca usa as suas interpretações
faciais para grandes elementos porque a mascara que funciona esteticamente
limita toda a sua prestação. Falta novas personagens e novas presenças.
O Melhor - Momoa
O pior - A forma como filme tem duas horas de CGI vazio
Avaliação - D+
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