Sunday, March 06, 2022

The 355

 Surpreendeu muita gente a estratégia de lançar um filme de açao com um elenco no feminino constituido por algumas das actrizes mais mediaticas da atualidade, logo na primeira semana do ano, ainda para mais quando duas dessas atrizes perfilam nas nomeaçoes para os oscares da academia. Por tudo isto algo de imediato fez soar o alarme se este seria realmente um filme para sucesso ou algo de estranho teria ocorrido com o mesmo. Nas primeiras avaliações percebeu-se que o resultado era fraco do ponto de vista da receção critica e isso poderia explicar a forma como foi lançado, o que resultou num rotundo fiasco de bilheteira.

Sobre o filme podemos começar por dizer que o mesmo vai buscar o tipico filme de espionagem e de agentes secretos à procura da arma que pode colocar fim ao mundo. Até aqui mais do mesmo e uma base igual a tantos outros que fazia depender o sucesso do filme de dois pontos distintos, desde logo a intriga e os protagonistas e é neste particular que o filme falha por completo em toda a linha.

Na intriga o excesso de personagens, o facto de na realidade não querer entrar em nenhuma delas, associado a um avanço e retrocesso que torna tudo quase sempre previsivel, acaba por tornar a historia numa confusão que nunca se consegue remediar, não tendo as sequencias de ação força suficiente para fazer sobreviver um filme que se percebe estar sempre a sofrer nas suas opções.

O segundo problema do filme passa essencialmente pelas personagens e pela incapacidade das suas protagonistas se sentirem confortaveis no formato. As sequencias de ação tornaram-se absolutamente ridiculas, pouco trabalhadas, e acima de tudo as personagens nao existem e quando assim é fica a sensação que nenhum filme sobrevive a tanta ineficacia.

A historia fala de um programa de computador capaz de aceder a todas as aplicações do mundo, que de repente é uma arma letal, entrando em jogo os diferentes serviços secretos com os seus agentes de forma a impedir que o mesmo seja tomado pelas mãos erradas.

Em termos de argumento e claro que o filme tem a premissa de sempre mas nunca consegue aproveitar minimamente a mesma no que diz respeito a um intriga muito débil, mas mais que tudo uma forma completamente deficitaria com que o filme constroi ou nao constroi qualquer personagem.

No que diz respeito à realização Kinberg tem o seu projeto a solo depois de ter tido o ultimo capitulo de X-men e muitas passagens pelo cinema de açao enquanto arguimentista. O trabalho e uma desilusão do primeiro ao ultimo minuto, desde a forma como nao consegue construir qualquer tipo de arte visual, ficando na retina os momentos de pessima açao que da as suas protagonistas.

Nao e na qualidade do cast que o filme se pode queixar, atrizes de topo, duas nomeadas para o oscar de melhor atriz principal, acabam por ficar num filme que não aproveita qualquer uma das caracteristicas das mesmas encaixando-as em personagens obtusas e sem qualquer tipo de significado.  Um autentico despredicio de talento do primeiro ao ultimo minuto, que não fica ilesa de culpas nenhuma das protagonistas.


O melhor - A ideia que este naipe de atrizes poderia resultar

O pior - Não resulta de maneira nenhuma


Avaliação - D



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