Thursday, March 03, 2022

Munich: The Edge of War

 Num ano em que devido ao facto do cinema estar mais aberto que sera certamente mais dificil para a Netflix o ano foi aberto com um filme sobre os preludios da II guerra mundial num momento em que todos parecem ver a III a vir. Este filme sobre as negociações entre Reino Unido e Alemanha anos antes da guerra conseguiu estrear com alguma curiosidade que acabou por dar algum impacto comercial ao filme, mesmo que criticamente tenha ficado por uma mediania pouco impactante.

Sobre o filme o mesmo conduz-nos a um momento historia antes da guerra que parece interessante principalmente pelo momento atual que vivemos. Nisso o filme acaba por nos dar alguns detalhes nas prespetivas e negociações sem nunca ser um filme realmente de guerra. Isso faz com que o filme seja mais de movimentaçoes politicas que o tornam algo denso e de ritmo baixo.

O filme no entanto acaba depois por se tornar num filme de personagens mais do que propriamente num filme de acontecimentos o que vai tornando o filme algo mais pequenino e acima de tudo muito circular para as duas horas de duração. Seria um filme que com outra abordagem tendo em conta o tema e a atualidade poderia ter um impacto que o filme nunca consegue ter, passando a sua duração pela mediania.

Ou seja nao sendo um filme que vai ao fundo das questões e um filme sobre um momento historico algo diferente do que habitualmente estamos habituados a ver nos filmes sobre guerra. Fica a ideia que o filme nao consegue particularmente ir ao fundo dos envolvimentos negociais e isso torna-o algo rudimentar para um tema tao forte.

O filme fala de dois amigos ex-estudantes em Oxford um do lado alemão outro do lado ingles que se vem envolvidos numa negociação de paz entre a alemanha nazi e o reino unido nos primordios da II guerra mundial, numa altura em que a tensao crescia e a guerra era quase inevitavel.

Em termos de argumento o filme e muito mais rico nos acontecimentos historicos que quer relatar do que na forma como os conta. O filme tem dificuldade em construir uma intriga politica impactante mesmo que esta exista. A forma como o filme centra demasiado o filme nas personagens faz torna-lo ligeiramente mais pequeno.

No que diz respeito a realizaçao Showochow e um realizador alemao que tem dedicado o seu cinema a acontecimentos historicos e que aqui teve as portas abertas da Netflix para uma produção maior e com mais meios. A realizaçao e simples sem grandes artefactos que acaba por nao ser vistosa.

No cast o filme da a um MacCay a procura da carreira depois do sucesso de 1917, com um papel com muita intensidade mas nem sempre muito bem desempenhado muito por culpa de um excesso de tiques, o alemão e quase desconhecido Niewhorner parece sempre mais confortavel no registo que acaba por ter um Irons a dar nome ao filme.

O melhor - A atualidade do tema

O pior - A intriga politica nem sempre e bem construida para os objetivos do filme.

Avaliação - C



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