Numa altura em que estamos a entrar na primavera, a Netflix tem lançado cada vez mais projetos cada vez mais espalhados pelo mundo, mesmo com figuras que conhecemos de series ou mesmo de filmes. Este projeto pensado por paises nordicos tentou reconstruir uma expedição que de alguma forma explica as barreiras do espaço da gronelandia e da dinamarca. Este filme todo ele filmado no gelo passou com mediania na critica mas pelo teor podera ter algum impacto comercial na netflix.
Sobre o filme podemos dizer que ao ser uma historia veridica de um feito desumano tem sempre o merito de demonstrar isso a resiliência e a sobrevivencia dos sobreviventes embora que seja o relato dos mesmos (veridico ou não) que acaba por ser a base de todo o filme. O filme consegue isso demonstrar bem os obstaculos e a sobrevivencia principalmente na primeira hora de filme, onde o filme e competente e forte do ponto de vista fisico.
Alias o filme e claramente superior quando esta preso na terra, quando e descritivo nos feitos e no caminho e na forma como as dificuldades fisicas foram sendo ultrapassadas, ajudando a forma e as localizações com que foi filmado. Na segunda fase, na parte da resistência psicologica o filme perde muito da intensidade e o filme sente-se mais desconfortavel perdendo alguma da qualidade e força que ia tendo.
Por tudo isto, temos um filme curioso, sobre um feito extraordinario, filmado em condições muito proprias, que funciona melhor no plano descritivo que no plano de tentar reproduzir o efeito do isolamento nas duas personagens. Ai, e com um objetivo mais dificil o filme tem claramente mais dificuldades e isso faz decrescer um pouco alguma qualidade que o filme tem na primeira fase.
A historia fala de uma expedição dinamarquesa ao artico tendo em vista uma organização territorial entre aquele pais e o EUA que exige que uma equipa seja conduzida pelo terreno em condições adversas de forma a perceber as caracteristicas do territorio e delimitar as fronteiras.
O argumento é interessante desde logo porque nos conta uma historia real de um feito extraordinario, que consegue ser bem trabalhado principalmente no que diz respeito à construção e dinamica que vai sendo criado entre os dois personagens. Na fase final sente-se descofortavel quando entre nos parametros psicologicos e de prespetiva da solidão.
Na realização, o produtor Kormakur nao assumiu o cargo passando a batuta para Peter Flinth um realizador dinamarques veterano com algum percurso em festivais europeu que tem um bom trabalho em circunstancias dificeis. O facto de ser escadinavo acaba por o ajudar, mas o trabalho final e positivo.
No cast o filme trás do primeiro ao ultimo minuto um dueto entre Coster-Waldau e Joe Cole, onde o primeiro encaixa no lado mais fisico que ja o vimos bem patente no seu maior sucesso em guerra dos tronos e um jovem Cole que tem ganho alguma consequencia do bom trabalho em Peaky Blinders e que aqui nos da uma boa interpretação que nos leva a pensar que talvez seja um ator a seguir com atençao.
O melhor - O lado descritivo da adversidade na primeira parte do filme.
O pior - Nao se sente confortável quando tenta entrar na mente dos protagonistas
Avaliação - C+
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