Dez anos depois de Till Shweiger
ter escrito e realizado um filme alemão sobre o relacionamento de um rico
solteirão mal comportado com uma alegada doente mental, eis que surge o remake
americano do filme tão em voga nos últimos tempos este tipo de procedimento
cada vez mais celere. Mas como outras tentativas semelhantes os resultados
foram desoladores, comercialmente ficou restrito a poucos cinemas que não darão
o balanço certo ao filme criticamente um desastre total com uma negação
completa por parte da crítica especializada.
Sobre o filme podemos desde logo
dizer que a avaliação fica condicionada pelo facto de não visto o primeiro
filme, ou seja o original, dai que comparações e avaliações relativas são
extremamente difíceis de se fazer. Sobre o filme podemos desde logo estranhar
como um filme romântico tão simples e pouco profundo pode ter direito a um
remake, já que a sua abrangência parece desde logo diminuta.
Fora este aparte estamos perante
um simples filme amoroso, que sem ser declaradamente uma comedia se define
assim no primeiro nível, na forma com que a personagem feminina se vai
adaptando a um mundo real. Na segunda fase temos mais uma historia de amor,
desconectada com final feliz igual a muitos e muitos filmes de diferentes gamas
que são lançados ano após ano, com o intuito de levar ao cinema casais
apaixonados.
E nesse intuito o filme funciona
as personagens do casal combinam, o filme e curto e ligeiro, fácil de ver, sem
risco por onde errar, dai a surpresa de avaliações tão negativas para o filme,
já que este faz o seu precurso por um caminho obvio e já traçado, que não deixa
marcas por qualquer um dos lados.
A historia fala de um rico mas
perdido individuo que depois de mais uma asneira acaba por ter de cumprir
trabalho comunitário num hospital psiquiátrico, sendo que um dia uma das
pacientes o segue, e encaixa perfeitamente na necessidade de apresentar uma
namorada à sua abastada família.
O argumento e repetitivo dentro
da formula de casais invulgares relações pouco comuns e desiquelibradas na
toada dos poucos aos poucos os casais se aproximarem, não tem grandes diálogos nem
grande humor adopta a toada ligeira e repetitiva que não faz do argumento
nenhum objecto de relevo.
Andrew Fleming e um realizador
veterano que nunca passou deste registo e também não é aqui que consegue dar um
impulso ou deixar uma marca na sua carreira numa realização silenciosa sem
risco, sem cunho.
O cast não exige muito aos seus
actores Speedman funciona bem e encaixa no rebelde sem causa pouco exigente em
termos de interpretação Rachel Wood, parece algo perdida em termos de carreira
em filmes menores pouco exigentes dando sempre a sensação que vale bem mais do
que os filmes exigem dele, neste caso é mais uma dessa regra, pese embora seja
o destaque natural do filme.
O melhor – A suavidade de uma
historia de amor sem risco
O pior – O lugar comum que o
filme acaba por ser
Avaliação - C
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