Fazer um remake de um filme tão recente e tão marcante é sempre um risco desde logo pelo facto de toda a gente ter bem presente o filme original, e ser dificil dar-lhe uma roupagem nova, mesmo estando no leme alguem tã experiente como Spike Lee. Muitos agurdavam este filme mas os resultados foram desastrados desde logo em termos criticos onde pese embora tenha apontado a awards season as criticas algo negativas o retiraram desde logo da corrida, e pior que isso comercialmente onde o filme nunca conseguiu grande expansão tornando-se num dos maiores floops comerciais do seu realizador.
Desde logo começo por referir que este Remake pareceu-me apressado, desde logo porque todos ainda temos em mente aquilo que aconteceu no filme oriental de belissima qualidade e dureza, mas por outro lado porque pouco ou nada poderia acontecer de relevante para brilhantar a historia, e acima de tudo porque o filme perderia o seu maior segredo a capacidade de surpreender. E se nesta capacidade ver o filme confirmou aquilo que eu esperava, ou seja estamos o filme todo sem aquela sensação do porque porque implicitamente ja o sabemos, e isso acaba por tirar muito pese ao choque que o filme nos provoca.
Mas fora este aspecto penso que estamos perante um dos filmes mais injustiçados do ano, desde logo porque estamos numa perfeita realização num filme choque, excelentemente produzido, com capacidade de ser ao mesmo tempo estetico e muito duro, é verdade que Lee apressa muito o filme, e mais objectivo mas ao mesmo tempo menos emocional, e isso acaba por condicionar a força do fim do filme, mas em termos visuais e em termos do ponto central do filme e das suas personagens penso que e um filme que homenageia bem o primeiro filme.
OU seja estamos perante um daqueles filmes que não nos deixam indiferentes com uma primeira fase muito bem feita, mais estetica mais psicologica do que no primeiro filme e uma segundo mais fraca, claramente menos trabalhada, principalmente na procura do protagonista, e nisso o balanço de Lee poderia ser maior na criaçao da personagem em todos os momentos. Parece um filme mais objectivo mais directo e isso neste caso esta longe de ser uma mais valia.
O filme fala de um individuo que depois de vinte anos fechado num quarto por alguem que desconhece acaba por ser colocado em liberdade, e tenta procurar a razão de alguem o ter colocado naquele lugar e naquela forma de tortura.
O argumento e bem escrito surpreendente, creativo e original, como ja tinha sido o primeiro filme e acima de tudo a serie da manga, existe um ou outro ponto inovador, principalmente com a introduçao de tecnologias no filme, mas de resto o argumento do filme e rico, mais do que pela riqueza dos dialogos e personagens pela sua historia e conclusao.
Se existe ponto que penso que o filme ganha relativamente ao original e na realização dura, violenta e estetica de Lee, todas as imagens são pensadas como um quadro, tudo tem na mente Freund tudo tem um lado limite da condição humana e nisto Lee consegue dar o que poucos conseguem.
Tambem em termos de cast o filme esta de parabens Brolin tem o papel dificil que interpreta principalmente com uma disponibilidade fisica assinalavel, e bons desempenhos nas situações limites de um actor nem sempre com a atençao que merece, principalmente pelo risco que toma nos seus filmes, ao seu lado, um grande actor Colpey, desde Distrito 9 que este actor demonstra filme apos filme a sua versatilidade e a capacidade construir personagens extremamente ambiguas de uma forma sublime mais uma vez com a intensidade que o filme merece, menos bem Olsen, o filme não foca o seu papel, e não lhe dá grande oportunidade de brilho
O melhor - A realização
O pior - A segunda fase ser demasiado directa.
Avaliação - B
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