Saturday, February 22, 2014

The Monuments Men

Quando Clooney anunciou o seu novo filme e que o mesmo iria retrarar as aventuras de um grupo criado com o objectivo de salvar algumas obras de arte da destruição Nazi, todos pensaram que estaríamos com um claro projecto com ambições de oscar. Contudo quando um filme declaradamente com estas ambições atrasa a sua estreia desistindo da competição é porque o seu valor como candidato não é claro. Dai que se estranhou o filme ter sido lançado em Fevereiro longo das corridas aos prémios, mas as primeiras avaliações demasiado indiferentes para o filme de Clooney demonstrou de imediato o que tinha ocorrido. Em termos comerciais poderia ser um segundo plano, mas mesmo aqui não foi um filme particularmente feliz.
Sobre o filme podemos começar por dizer que não é propriamente uma obra prima, e isso acenta pela demasiada ambição do filme que quer ao mesmo tempo ser um filme histórico, uma comedia bem disposta de argumento fácil, um filme emotivo com toada dramática e mais que isso ainda um filme de acção. E quando se tenta juntar tudo isto em apenas 118 minutos de duração provavelmente é encontrarmos um grande salgalhada e mais que isso um filme difícil de se admirar na sua totalidade.
E neste particular eu fico-me pela comedia, Clooney poderia ter aqui um filme suave sobre um contexto histórico importante sem lhe tirar relevo, mas tiraria todo o peso demasiado emotivo heróico, e acima de tudo todo o contexto pesado da primeira hora de filme, aborrecida, sem interesse, pouco trabalhada, que nos parece apenas a tentativa de Clooney dar um filme mais serio mais factual, talvez com a ambição dos prémios que o filme nunca deveria ter tido, porque a abordagem de Clooney algo cómica nunca o iria premitir.
Mas e interessante que é no comico que o filme funciona, muito mais do que intensidade da procura, do suspense do encontro das obras de arte o filme funciona acima de tudo no seu lado mais comigo, nos insólitos de sequencias, em alguns diálogos principalmente a cargo da personagem de Matt Damon, que salva o filme na segunda meia hora onde a mesma toma conta do filme, numa toada bem mais ligeiro do que o cliché emocional da primeira hora.
A historia fala de um grupo de analisadores de arte que se juntam à guerra com a missão de tentar impedir que os nazis se apoderassem de algumas das obras mais fortes da historia de arte em plena 2ª guerra mundial na europa.
O argumento tem em si algum dos problemas pela indefinição pela variação excessiva de estilos por ir de forma abrupta do drama da perda para situações cómicas de humor non sense, o excesso de personagens nunca permite que o filme deixe crescer nenhuma delas, longe de ser um argumento feliz no todo, apenas com alguns bons momentos.
A realização de Clooney não é vistosa e quase sempre simplista, para um filme com objectivos iniciais de prémios penso que a realização deveria ser mais cuidada ou potenciada, já vimos Clooney fazer melhor, mesmo que os seus filmes sejam sempre mais direccionados para outros valores.
Em termos de cast e dos filmes mais pobres que me lembro de Clooney como cineasta, não da espaço a personagens para o seu cast de excelência brilhar o que acaba por ser um total desperdício de talento, com tanta força no cast o filme poderia exigir mais destes com personagens bem mais ricas.

O melhor – Alguns diálogos humorísticos e o crescente na segunda metade do filme.

O pior – A primeira hora desoladora


Avaliação – C+

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