
Sobre o filme podemos começar por dizer que não é
propriamente uma obra prima, e isso acenta pela demasiada ambição do filme que
quer ao mesmo tempo ser um filme histórico, uma comedia bem disposta de
argumento fácil, um filme emotivo com toada dramática e mais que isso ainda um
filme de acção. E quando se tenta juntar tudo isto em apenas 118 minutos de
duração provavelmente é encontrarmos um grande salgalhada e mais que isso um
filme difícil de se admirar na sua totalidade.
E neste particular eu fico-me pela comedia, Clooney poderia
ter aqui um filme suave sobre um contexto histórico importante sem lhe tirar
relevo, mas tiraria todo o peso demasiado emotivo heróico, e acima de tudo todo
o contexto pesado da primeira hora de filme, aborrecida, sem interesse, pouco
trabalhada, que nos parece apenas a tentativa de Clooney dar um filme mais
serio mais factual, talvez com a ambição dos prémios que o filme nunca deveria
ter tido, porque a abordagem de Clooney algo cómica nunca o iria premitir.
Mas e interessante que é no comico que o filme funciona,
muito mais do que intensidade da procura, do suspense do encontro das obras de
arte o filme funciona acima de tudo no seu lado mais comigo, nos insólitos de
sequencias, em alguns diálogos principalmente a cargo da personagem de Matt
Damon, que salva o filme na segunda meia hora onde a mesma toma conta do filme,
numa toada bem mais ligeiro do que o cliché emocional da primeira hora.
A historia fala de um grupo de analisadores de arte que se
juntam à guerra com a missão de tentar impedir que os nazis se apoderassem de
algumas das obras mais fortes da historia de arte em plena 2ª guerra mundial na
europa.
O argumento tem em si algum dos problemas pela indefinição
pela variação excessiva de estilos por ir de forma abrupta do drama da perda
para situações cómicas de humor non sense, o excesso de personagens nunca
permite que o filme deixe crescer nenhuma delas, longe de ser um argumento
feliz no todo, apenas com alguns bons momentos.
A realização de Clooney não é vistosa e quase sempre
simplista, para um filme com objectivos iniciais de prémios penso que a
realização deveria ser mais cuidada ou potenciada, já vimos Clooney fazer melhor,
mesmo que os seus filmes sejam sempre mais direccionados para outros valores.
Em termos de cast e dos filmes mais pobres que me lembro de
Clooney como cineasta, não da espaço a personagens para o seu cast de excelência
brilhar o que acaba por ser um total desperdício de talento, com tanta força no
cast o filme poderia exigir mais destes com personagens bem mais ricas.
O melhor – Alguns diálogos humorísticos e o crescente na
segunda metade do filme.
O pior – A primeira hora desoladora
Avaliação – C+
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