Nos ultimos anos dois festivais ganharam mérito em termos de cinema Indie, o ja consagrado sundance logo no inicio do ano, bem como o Tribecca em Nova Iorque, um festival menor onde jovens realizadores tentam a sua sorte e a sua criatividade. Um dos filmes lançados mas que não teve grande sorte neste ultimo festival foi este Adult World com criticas medianas insuficientes para servirem de trampolim, e que resulta num lançamento quase silencioso ja no presente ano, para uma trajectoria comercial sem qualquer tipo de relevo.
Sobre o filme podemos começar por dizer que parece-nos uma ideia interessante debruçar sobre a passagem da adolescencia para o mundo adulto e a dificuldade muitas vezes desta entrada quando as fantasias continuam bem vincada. E se o tema e a exploração do mesmo nos parece claramente uma escolha acertada a forma como tudo isto e concretizado esta longe de ser satisfatorio, desde logo porque o filme se assume como uma comedia declarada que não tem graça tornando-se na maior parte do seu tempo histerico principalmente na sua personagem central.
E é aqui que reside o grande problema do filme no exagero total com que a personagem central é criada, a falta de realismo, e o absurdo das situações que permitem por um lado que o filme adquira um valor satirico interessante mas depois falta o balanço com momentos mais calmos que demonstrem melhor esta passagem, porque no final de contas parece mais um filme sobre um criança a tentar ser adulta.
Mesmo assim num inicio de ano que esta longe de conseguir grandes titulos, o que tambem e normal no inicio de cada ano, parece importante salientar alguns pontos positivos de um filme, que nos promenores consegue atingir um patamar bem mais forte do que propriamente em si como um todo.
A historia fala de uma jovem adulta que sonha em ser poetisa, quando começa a ser negada para publicação arranja um emprego numa sex shop e começa uma relação ambigua com o seu idolo, que acaba por ser um periodo para esta definir o seu futuro.
O argumento do filme tem bons principios, mesmo a sua execução parece-nos a mais obvia mas perde em dois pontos, desde logo a caracterização em exagero da personagem central, algumas lacunas principalmente na ligação com os progenitores e por fim a falta de profundidade dos dialogos
A realização a cargo de um quase estreante não e fabulosa muito pelo contrario o espirito indie esta latente mas de resto falta alguns pontos de destaque, alum aprumo estetico a um filme quase sempre demasiado escuro para o tema em questão.
Emma Roberts e uma jovem em ascenção que poderia ter aqui o trampolim para o primeiro patamar, pela dificuldade da personagem, pela excentricidade e penso que não é por ela que o filme e a personagem não atingem o seu potencial, mas sim mais pelo registo que se escolhem adoptar para esta. Ao seu lado as outras personagens nunca tem destaque suficiente para sequer nos recordarmos delas
O melhor - A satira do tema
O pior - O exagero da personagem central
Avaliação - C
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