Friday, January 28, 2011

Hereafter




Na sua filmiografia como realizador ha um tema que sempre foi vincado nos filmes de clin eastwood, que e a tentativa de atribuir um significado concreto para a morte. Talvez pela idade e pela aproximaçao inevitavel da mesma, o certo e que conseguiu se impor como realizador com uma força que nunca conseguiu como actor. Hereafter pode inicialmente parecer um filme estranho ao autor. Talvez por isso o publico o estranhou e os resultados de bilheteira ficaram muito aquem do que imaginavam , principalmente com a produçao de Spilberg, comercialmente pode se considerar em parte como um dos ausentes dos oscares, contudo desde o momento em que começaram a surgir as primeiras avaliações que esta corrida deixou quase de ser sua.

O primeiro ponto que podemos avaliar no filme, e que tem dois momentos, um surpreendente na forma inteligente e viva com que o filme nasce nos seus primeiros momentos, com uma realização exigente, com efeitos especiais de eleiçao de louvar num realizador com a sua idade, mas a partir desse momento parece que o contrario acaba por acontecer, que Eastwood perde as suas forças para dar algum mais vigor a um filme que a determinados momentos necessita deste factor para empolgar o espectador que muitas vezes parece adormecer com o baixo ritmo que o filme adquire em quase a totalidade do seu tempo.

A historia e interessante o filme e inteligente, principalmente na formula que adquire, pese embora seja notorio o desconforto de eastwood em trabalhar historias paralelas,a unificação final parece demasiado forçada mas e daquelas que fortalece a emoçao que o filme ate aquele momento nunca consegue ter, parecendo sempre ser bastante mais racional do que emotivo, sendo as circunstancias finais o completo virar de uma pagina que deveria ser mais gradual.

E daqueles filmes que observamos sempre so estar ao alcance de um bom realizador, contudo nunca sera uma obra de referencia do mesmo, mesmo a tentativa de entrar na paranormalidade, nos parece ser mais um terreno complicado para Eastwood nunca se denotando a vontade no tema.

O filme fala de tres historias paralelas, uma reporter francesa que sobrevive a um tsunami, um medium americano descontente com os seus poderes, e um miudo ingles a procura de razao de viver apos a morte do seu irmao gemeo, no caminho ate ao encontr uns nas vidas dos outros.

Em termos de argumento nao estamos claramente perante um dos filmes mais fortes do realizador, principalmente pela monotonia da grande parte da historia, que sobrevive pela força interna das suas persoangens principais, que mesmo nao dialogando conseguem ser fortes.

A realizaçao e intensa, os primeiros momentos sao talvez os mais exigentes da filmiografia de Eastwood, de acçao pura, com todos os efeitos ao seu dispor, depois opta pelo oposto por uma realizaçao mais discreta parecendo quase como se os primeiros minutos fossem o ultimo suspiro do realizador, optando por algo mais artistico nos momentos sequentes.

O cast e no minimo estranho Matt Damon e um dos valores seguros de hollywood contudo fica sempre a sensaçao que pode sempre dar mais e que merece uma grande personagem porque talento nao lhe falta encaixando com bom registo neste proprio filme. Cecile de France pese embora ja nao tenha a forma fisica de outros tempos e que seriam interessantes para o papel, ainda denota todos os valores da interpretaçao europeia. No plano dos mais pequenos uma boa nota para o jovem protagonista da terceira historia.


O melhor - A força da realizaçao nos primeiros dez minutos.


O pior - A estranheza do demasiado oculto


Avaliação - B-

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