Saturday, January 22, 2011

127 Hours





Depois do reconhecimento global que Boyle conseguiu com Slumdog Millionaire, exitia muita expectativa de que rumo teria a sua carreira, depois de chegar ao olimpo, principalmente tratando se de um dos realizadores mais versateis que ha memoria. A aposta foi na abordagem de uma historia de heroismo real. Os resultados esses foram dicotomicos, se criticamente as coisas voltaram a correr muito bem para o realizador pese embora tenha nos ultimos tempos perdido alguma força que o sustente uma seria nomeaçao para o oscar, pese embora a de melhor filme deva ser uma realidade, o certo e que comercialmente a fraca divulgaçao do filme nao permitiu resultados deslumbrantes.

O que nas maos de muitos realizadores acabaria facilmente por se tornar uma historia aborrecida, nas maos de Boyle tornou-se num autentico exercicio creativo, com uma dinamica impressionante, demonstrando a viva voz uma das melhores formas que se deve ter para contar uma historia, num dos filmes mais intensos, dramaticos e creativos do ano.

E certo que os filmes de uma unica interpretaçao nem sempre sao faceis, mas danny boyle com a sua magnifica realizaçao torna tudo leve, mesmo o sofrimento da personagem fazendo com que o filme seja mais impressionante pela dinamica que imprime sem nunca descuidar o seu verdadeiro objectivo que se prende com o heroismo da personagem que quer apresentar.

E daqueles filmes que nos surpreende do inicio ao fim, baseado em historia real digna de um filme transmite os limites da capacidade humana como poucos conseguiram um dia transmitir, mais que um grande filme e um exemplo de que como uma historia de vida pode resultar num filme de eleiçao.

A historia de aron e simples numa das sua sescapadas para umas montanhas rochosas, cai numa fenda ficando preso com uma mao numa rocha que o impede de sair daquele local. Sem possibilidade de ser visto, começa a luta pela sobrevivencia ao nivel mais intenso que o ser humano podera ter.

O argumento e interessante pelo facto de nao se centrar apenas naquilo que a personagem esta a viver, mas acima de tudo na forma como a personagem esta a sentir e a pensar tudo que esta a ocorrer com ela, nao e rico em dialogos nem que seja porque e quase sempre one man act.

A realizaçao e brilhante, num ano em que as melhores realizaçoes da ultima decada parecem surgir, esta aqui combate com Nolan e FIncher no que de melhor vimos na montagem e conceito do proprio filme, demonstrando nao so a imprevisibilidade de Boyle mas a sua perfeiçao na forma como abordou o filme.

Todos sabiam que o actor que desempenhasse este papel pelo sofrimento que lhe esta inerente tinha uma grande prova de fogo, e o certo e que muitos duvidaram da capacidade de Franco de conseguir ultrapassar este desafio, contudo Franco e alma do filme em todas as suas vertentes, não so no sofrimento e na disponibilidade fisica que tras ao filme, sempre com alto nivel de intensidade, mas acima de tudo na forma com que todos os momentos interpretativos sao de mais alto nivel. Numa das melhores interpretaçoes dos ultimos anos, e ate ao momento a melhor do ano


O melhor - Boyle e Franco


O pior - Ser demasiado curto


Avaliação - B+

1 comment:

ANTONIO NAHUD said...

Gostei do blog. Parabéns!

Apareça na minha revista eletrônica brasileira de cinema:

www.ofalcaomaltes.blogspot.com