O cinema religioso tem sido uma clara praga com diversas produtoras a crescerem e a lançar cada vez mais filmes por semana. Este filme trás-nos uma historia real de sobrevivência e acima de tudo de alguém que nunca desistiu. Com o cliche emocional da maior parte das escolhas, o filme teve dois anos na gaveta acabando por ser lançado, novamente com criticas medianas, algo que é comum ao tipico registo deste género, sendo que comercialmente os resultados foram rudimentares.
Sobre o filme podemos dizer que a historia de base é interessante, desde logo os motivos do incidente, a resiliência familiar e mais que isso a forma como a comunidade de uniu para ajudar a familia. Na parte adulta temos um cliche relacional, com pouco ou nenhum conteudo, num estilo de telenovela de segunda linha onde os elementos individuais acabam por ser a maior adversidade do projeto.
Nota-se que o filme que ter um ar simpático, religioso, familiar exagerado, que faz com que os diálogos ou mesmo a forma sejam totalmente irrealistas, sendo um exercicio de maquiagem demasiado cliche para um filme de base. Infelizmente este tipo de cinema ocupa cada vez mais salas, sem que se perceba um ganho artistico concreto em termos de obras de referência.
Temos um filme sobre o fazer bem, emocionalmente facil de gostar, uma historia positiva, mas pouco mais. Interpretações e situações criadas para o impacto emocional maior, cheio de cliches narrativos e acima de tudo a ideia clara que o cinema de base já não necessita de muito para existir, ficando a clara ideia que tudo poderia ser feito por IA:
A historia segue um jovem que depois de um incendio em casa fica com grande parte do corpo danificado, mas com a ajuda da familia e comunidade acaba por sobreviver adaptando-se a uma nova realidade que conduziu a ganhos posteriores tornando-se numa figura de referência em palestras sobre acreditar.
O argumento do filme é um claro cliche de situações, para fazer a historia conhecida funcionar. Este e o registo das produtoras atuais, com pouca factualidade, mas com um objetivo concreto de fazer a emoçao e a pessoa funcionar.
Na realização temos McNamara um realizador de estudio, com muitos dramas de vida, que nos ultimos tempos tem-se aproximado de um cinema mais religioso, talvez por ter perdido algum espaço em termos de produtoras maiores. Pouco risco, e acima de tudo tentativa de fazer potenciar os contextos emocionais das personagens.
No cast Courtney foi um despredicio depois do sucesso inicial de Super 8 nunca se concretizou, acabando por se tornar num ator deste tipo de registo, com todos os problemas de conceito que isso trás. Nos secundarios atores arredados de grandes projetos a procura de minutos em filme com alguma dimensão comercial.
O melhor - A historia e interessante
O pior - O filme acabar por ser um conjunto de cliches
Avaliação - C-

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