O gelo do norte americano por si só é sombrio em qualquer filme, principalmente quando os projetos querem transmitir algumas sensações de claustrofobia. Este pequeno filme estreou com alguma projeção, pese embora seja pequeno, muito por culpa de uma resposta critica interessante. Comercialmente as coisas foram bem mais modestas com resultados rudimentares que não permitiram que o filme passasse algo silencioso nas salas de cinema.
Sobre o filme podemos dizer que temos uma abordagem narrativa simples, ou seja uma psicopata, pronta e obstinada em conseguir os seus intuitos e uma vitima e uma pessoa no sitio errado a tentar contrariar essa intenção. Na base o filme é do mais simples que pode haver, existindo mais força naquilo que é a construção da personagem, principalmente pelo seu passado e naquilo que é a intensa interpretação da vila.
Não obstante destes pontos poucos elementos para alem da neve conseguem ser diferenciadores de um filme que sabe as suas limitações, não o quer, nem consegue contornar. Da ao filme um estilo próprio muito visual com a neve mas pouco mais. Nota-se que a personagem central é preparada para suportar o filme, mas sempre com a sensação que falta alguns pontos à sua execução.
Por tudo isto um filme normal, que ocupa o seu espaço sem grande pretensiosismo, um filme que na maior parte do tempo da prevalência ao seu espaço, a caracterização mesmo física das suas personagens, mas acima de tudo um filme pequeno que se calhar viu-se a balançar em criticas positivas quase sempre melhor do que o filme na realidade acaba por ser.
A historia segue uma viúva que para cumprir a promessa ao seu ex-marido acaba por embarcar numa viagem até ao gelado lago, e tropeça num plano maquiavélico de um casal para salvar a vida do seu elemento feminino sacrificando uma jovem raptada, numa luta posterior entre o gato e o rato.
O argumento do filme é simples, direto, poucos atalhos. Nota-se a preocupação em blindar a personagem central já que sabe que é o epicentro maior do filme. O desenvolvimento do filme segue o lado mais previsível e acaba por ser o parente simples do filme.
Na realização temos um realizador oriundo da televisão que acaba por ser alguém que passa a maior parte do tempo a pensar o filme nos seus conteúdos estéticos. utiliza bem o espaço mas é um filme pequeno e muitas vezes esse o ponto que os filmes tem para fazer o contexto funcionar.
No cast Thompson e uma atriz de primeira linha que tem o filme com a intensidade que da ao filme o lado intenso e mesmo interpretativo que o filme quer. E dos melhores elementos do filme e Judy Greer consegue também fornecer esse elemento de balanço. E um dos pontos mais trabalhados do filme.
O melhor - As interpretações
O pior - O argumento demasiado standartizado
Avaliação - C+


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