Outono é sempre uma época de projetos mais escondidos, que surgem com uma dualidade de não ser uma aposta concreta mas com alguma expetativa. Acabou por ser esse o contexto deste filme que nos trás uma historia curiosa de um assaltante, baseado numa historia real que conseguiu boas criticas, principalmente tendo em conta o seu tom ligeiro. Comercialmente com um bom elenco os resultados foram medianos, embora ficasse a sensação que poderia valer mais.
Sobre o filme podemos dizer que um dos pontos que mais
impressiona acaba por ser a capacidade concreta de nos levar para os anos 90 e
para a distância tecnlogica quando comparada com os dias de hoje, e isso o
filme faz bem, e com um rigor assinalável que poderia ser difícil.
Outro ponto positivo do filme acaba por ser a curiosidade da
historia e a forma como tudo se torna mais curioso no detalhe, principalmente
quando a personagem começa com a vida dupla e na forma como os seus detalhes
caracterizam bem o lado materialista da personagem, sem entrar em grandes
reflexões e deixando a sua forma de agir detalhar tais características.
Por tudo isto este é um filme competente, que mesmo sendo
ligeiro consegue cumprir mesmo as metas mais maduras que o filme acaba por ter.
Claro que tem muitos momentos que aligeiram o filme, numa clara roupagem de
comedia, mas que acaba por fazer o projeto funcionar, mesmo sem a densidade
para mais altos voos.
A historia fala de um ladrão de telhados, que após ter sido
detido, e completamente isolado, decide fugir e começa a residir dentro de uma
Toy’r Us ao mesmo tempo que inicia uma outra vida com uma funcionária, até que
o seu passado reaparece.
O argumento do filme tem uma base muito curiosa que acaba
por ser o epicentro da história. Seria difícil não aproveitar o insólito real.
No resto o filme procura aligeirar a abordagem e acaba por perder alguma
densidade ou algum moralismo, mas funciona como comunica com o espetador.
Na realização Ciafrance quando surgiu surpreendeu pela
densidade dos seus filmes, mas com o tempo foi perdendo algum do fulgor,
principalmente depois de alguns dos seus filmes com mais expetativa tivessem
ficado algo na sombra. Aqui o trabalho produtivo de nos levar para os anos 90 é
incrível embora o resto seja demasiado pensado para um filme familiar.
No cast Tatumm tenta atualmente reconstruir a sua carreira
com mais risco, mas ainda tem dificuldade em despir o lado e Good Guy. Nota-se
a tentativa de reinventar de fornecer novos dados mas ainda não cumpre por
completo. Dunst tem o lado amargurado que a personagem quer ter, e Dinklage dá
o lado comico ao filme.
O melhor – A transformação dos anos 90
O pior – O filme procura um lado suave que lhe tira alguma
densidade
Avaliação – B-

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