Thursday, May 11, 2023

Paint

 Owen WIlson foi durante muitos anos um dos habituais atores de comedia de estudio com mais intenção financeira do que critica. Com o passar dos anos e perdendo algum espaço no genero eis que temos assistido a algum maior risco como é o caso deste pequeno filme independente com um estilo muito peculiar. Quem visse o trailer pensava que seria um triunfo critico de WIlson que acabou por não ser, já que resultou em avaliações medianas e comercialmente muita pouca força num filme para minorias.

Paint e um filme artistico, bem realizado, com uma toada absurda que acaba por ser um estilo irreverente quase hippie que o filme quer dar esteticamente a tudo a sua volta, e neste particular funciona. O grande problema do filme é o estranhíssimo argumento de comedia do insolito que nunca consegue ter qualquer profundidade e pior que isso qualquer tipo de graça natural.

Fica a ideia que o filme quer ser tão insolito esteticamente e mesmo em alguns apontamentos circunstanciais da personagem que abandona a coesão ou mesmo o argumento em si, que parece uma reta onde pouco ou nada faz sentir as personagens que parecem, elas próprias anestesiadas com o estilo estetico que o filme quer adotar, mas acaba, pela falta de força do argumento por se tornar quase inocuo.

Ou seja uma comedia independente que leva WIlson um pouco as suas origens de uma comedia non sense que muitas vezes era tão insolita que se tornava engraçada, mas muitos anos depois e de muitos outros terem feito com alguma maior qualidade outros filmes do genero. Fica a noção que e um desaproveitar do conceito estetico num argumento que quase não existe.

A historia segue um conceituado pintor apresentador de televisão, que causa fascinio a todos com quem interage até que surge uma competição no modesto canal, que o faz ir à procura de outros significados para a sua vida.

E no argumento que residem os maiores problemas do filme, a maior parte deles causados pela falta de graça natural das situações que o filme cria com esse ambito. No resto uma frouxa historia de amor e traição, e a tentativa de atingir um ponto artistico para alem da fama.

Na realizaçao do projeto Brit McAdams tem um trabalho esteticamente interessante, original, que encaixa naquilo que ela vai procurar do filme, pena é que o argumento nunca acompanhe, e danifique um bom cartão de visita estetico do realizador.

Wilson e um caso de estudo, as suas personagens sáo repetitivas, as suas limitações mais que muitas e aqui tudo esta presente, restando o absurdo estetico que muitas vezes tem, aqui sublinhando com um cabelo surreal. O filme é dele com pouco espaço para os secundários quase desconhecidos.


O melhor - O filme tem cuidado estetico

O pior - Argumento


AValiação - C-



No comments: