Thursday, May 25, 2023

Big George Foreman

 Hollywood gosta muito de biopics de diversas formulas, sendo sempre um estilo de cinema que aparece quando as ideias deixam de surgir. Este ano surgiu o biopic de George Foreman um conhecido boxista norte americano, e a forma como o mesmo, se tornou no mais velho campeao de pesos pesados. O filme surgiu num estilo serie b de estudio com criticas algo mediocres e comercialmente a falta de uma figura de primeira linha tambem acabou por não permitir um grande sucesso no resultado final do filme.

Este e o biopic by the book, ou seja limita-se a dar algumas arestas da personalidade sem grandes riscos, perde muito tempo nos combates e numa especie de rivalidade iconica, sem entrar muitos nos detalhes, e quando vimos passaram mais de duas horas de filme onde as alterações fisicas no personagem acabam por ser o elemento mais visivel do filme, o qual tem um ritmo baixo, poucos elementos diferenciadores no seu estilo, e acima de tudo pouca ambiçao na abordagem.

Talvez a vida de Foreman não seja a mais interessante das figuras do boxe, talvez o seu lado espiritual e a sua devoção ao lado mais religioso, que o filme trata um pouco pela rama, pudessem ter sido mais trabalhado, mas no final fica totalmente a ideia que o filme nunca quer sair do morno, e um biopic isso e a noção que rapidamente vai ser esquecido.

Ou seja o filme de Foreman, que provavelmente ocupou um espaço que teria de ser ocupado, mas que acaba por não ser muito mais que isso, fica a ideia que o filme da demasiado relevo aos combates, mesmo nao os trabalhando com espetacularidade remetendo tudo para um claro nivel b de cinema, que tambem sofre pelo facto de não termos figuras de primeira linha.

O filme fala na ascenção e altos e baixos de uma carreira longe de um titulado lutador, e principalmente os ajustes pessoais que foi fazendo a sua vida e que o tornaram num pastor de uma igreja depois do termino da longa carreira.

No que diz respeito ao argumento o filme arrisca pouco na personalidade e nos conflitos, limita-se ao publico e aquilo que o filme acaba por ser em muitos elementos como as rivalidades e os feitos, nos restantes resguarda-se e nesse quadrante o filme acaba por ser pouco trabalhado.

Tilman Jr e um realizador conhecido por algumas abordagens de um cinema cultural afro americano que aqui tem uma realizaçao simplista que tambem limita o filme, na falta de ambiçao. Isso torna essencialmente o filme uma tarefa e quando assim é hollywood esta saturado destes projetos que nao deixam crescer alguns realizadores.

Um biopic depende sempre muito da construção central do seu interprete, neste caso um quase desconhecido Khris Davis que funciona nas parecenças físicas, as quais exigiram um pouco do ator, mas em termos de qualidade interpretativa o ator tem algumas limitaçoes, num filme que exigia outro tipo de atores.


O melhor - Alguns feitos de Foreman sao louvaveis

O pior - O filme ter pouca ambiçao 


Avaliação - C



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