
Sobre o filme Tyrel tem um principio tão comum e tão pouco trabalhado em termos de cinema que vale de imediato por isso mesmo. A forma como por vezes por intermedio de alguem surgimos num grupo ja constituido e todos querem que esta junção corra bem. O facto do filme nao ter lado bom e mau é um dos seus segredos para funcionar, temos a tentativa de tudo encaixar quer do lado do corpo estranho quer do grupo de amigos, mas as coisas são dificeis de combinar e essa inexistencia de razões para falhar acaba por ser o segredo para na minha otica o filme resultar na mensagem que nos quer dar.
Claro que podemos dizer que depois o filme e algo exagerado nos excessos de todas as personagens ou na falta de alguem que perceba aquilo que esta a acontecer, mas isso acaba por ser a assinatura de um realizador que gosta de filmar o absurdo e o pouco obvio mesmo que isso retire alguma força dramatica ao filme, tornando-o por isso mais pequeno.
Mas sem duvida que Tyrel e um dos interessantes filmes independentes deste ano, ja que a uma situação particularmente comum junta uma serie de pontos como politica e questão racial juntando num filme que adota sempre uma prespetiva positiva das pessoas mesmo quando nada esta a encaixar. Nao tem a profundidade ou a originalidade de Get OUt mas e sem duvida um filme que é a sua vertente normal.
A historia fala de um jovem afro americano que acompanha um amigo numa festa de aniversario de um seu amigo, deparando-se com um grupo de amigos formado e com uma queda para todos os exageros durante o fim de semana.
Em termos de argumento muito da mais valia do filme esta na ideia central e na forma como a mesma e algo comum em alguma parte da vida. A forma como introduz os temas e algo pouco preparada mas acaba por tocar em muitos temas sem nunca ir a fundo pois quer ter um teor mais descontraido.
Sebastian Silva e um realizador estranho de filmes descontraidos mas que rapidamente entram no absurdo, tem pelo menos no seu guiao aqui o seu filme mais interessante numa carreira marcada por algum non sense.
No cast o filme tem uma excelente interpretaçao de Jason Mitchell um dos bons actores da nova geração afro americana, o seu papel e uma surpresa pelas fases que passa ao longo do filme, bem coadjuvado pelo lado mais irreverente de Abbot e Landry Jones.
O melhor - A forma como o filme nos trás para uma situaçao que tantas vezes acontece.
O pior - O filme acaba por cair em exageros que lhe tira alguma maturidade
Avaliação - B
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