
Sobre o filme eu confesso que o risco e principalmente a rebeldia são caracteristicas que gosto num realizador e Trier tem essas caracteristicas em excesso. isso faz com que os filmes nunca sejam indiferentes, ou pelo menos que os mesmos nos entegue sensações diferentes. O problema de alguns filmes e quando o mesmo ao longo do seu tempo nos da sensações positivas e muito negativas, e este e o caso deste peculiar filme.
Eu confesso que os primeiros dois terços do filme são muito interessantes, ambiciosos, crus, com aquilo que melhor Trier sabe fazer que é conjugar o lado cru das imagens com dissertações morais e biblicas sobre a existência, e tudo decorre com alguns momentos de cinema de primeira linha, com outros apenas violentos. Mas confesso que as primeiras duas horas de filme me convenceram que provavelmente poderia estar a ver um dos melhores filmes do ano.
O problema e quando Trier foi ele proprio e dá-nos um dos epilogos mais sem sentido, compeltamente distante de todo o caracter que o filme tem, numa declaração de irreverência pura, e indiferente que essa alucinação acabasse por completo com aquilo que o filme deveria ser. E este final que de alguma forma faz todo o registo final do filme ser meramente engraçado, e não a força que o filme poderia ter. Este e um dos problemas de mentes arriscadas como Trier, de um momento para o outro podem deitar a casa abaixo.
A historia fala de um serial Killer e das diferentes mortes dele, enquanto discute a sua existência com um ser supremo. Durante esse periodo Jack tenta ainda construir uma casa perfeita.
Em termos de argumento o filme não é equilibrado, mas funciona muito bem em alguns segmentos no que diz respeito a dialogos de primeira linha. Noutros o filme e mais silencioso e mais cru. O final do filme, e o seu epilogo são totalmente desnecessarios para o rumo do filme.
E indiscutivel que Lars Von Trier e um criativo e um cineasta que arrisca tudo nos filmes. Independentemente da logica ou nao das sequencias tudo e bem filmado, e a polemica esta em todos. Nao estara na melhor fase da carreira mas e sem sombra de duvida um predestinado.
No cast Matt Dillon dá-nos talvez a sua melhor interpretaçao da carreira, a intensidade, o lado simples do psicopata e muito bem criado pelo actor, que merecia talvez melhor companhia e um filme com um desfecho mais logico que poderia quem sabe levar o filme para outros patamares.
O melhor - Alguns segmentos, principalmente o primiro e o quarto.
O pior - O Epilogo
Avaliação - B-
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