
First Man e um biopic sobre alguem com um feito inedito mas que o filme prefere ir ao interior do mesmo, aos seus sofrimentos, medos e obsessões mais do que explicar o feito, que acaba por ser um anti climax dramatico tendo em conta tudo o que a personagem passou ao longo da sua vida. Esta opção é de risco, principalmente porque baixa e muito o ritmo do filme, tornando-o num conjunto de sofrimentos internos que nao deixam que o filme na maior parte tenha boas vibraçoes, mas este acaba por ser o elementos mais diferenciador do filme e que termina na sequencia na lua muito bem realizada e uma exploração emocional muito interessante e que é o epicentro de arte do filme.
Contudo o filme tem um problema que é o silencio e a forma como isso num filme com quase duas horas e meia de duração se torna automaticamente um problema na gestão de ritmos do filme. Aquio o filme nao consegue deixar de ser monotono o que para um filme com esta expetativa e ambiçao é muito problematico pois fica a ideia que com alguma maior simplicidade na exploração relacional e de personagens o impacto pese embora fosse mais comum seria mais interessante.
Mesmo assim um biopic diferente que principalmente nos ultimos vinte minutos consegue nos trazer a arte do cinema, mesmo que no restante seja um filme algo repetitivo em nos demonstrar como alguem se transforma numa maquina. O filme tem ainda alguma dificuldade em acompanhar o desenvolvimento temporal com o desenvolvimento das personagens infantis que penso que confunde um pouco o desenvolvimento narrativo.
A historia fala-nos de Neil Armstrong e a forma como ele tentou fazer o luto da morte de uma filha para se tornar o comandante da primeira expedição a lua
Em termos de argumento nao e um filme de muitos dialogos ou palavras, e quase um filme subliminar naquilo que nos quer dar das personagens e fica a ideia que para termos um filme maior necessitavamos obviamente de um guiao mais forte, embora o foco no nivel humano da figura seja na minha opiniao uma boa escolha.
Chazelle e um prodigio, um realizador tao jovem que ja tem no seu curriculo La La Land e WHiplash e obviamente uma figura a seguir. Aqui tem uma realizaçao metodica, promenorizada mas que apenas nos seus ultimos minutos consegue ser artistica. Nao e o melhor filme do realizador nem nada que se possa comparar mas nao e este registo que coloca a sua carreira mais fragilizada.
No cast Gosling tem uma interpretaçao interessante ainda que algo repetitiva a sua ausencia mesmo na presença nao e algo facil de dar embora nos pareça uma tarefa totalmente ao alcance dos recursos de Gosling. Nao me parece uma prestaão a premiar mas um bom trabalho de um actor em boa forma. AO seu lado Foy tem a intensidade que balança com a personagem central, embora que como filme de personagem existe pouco espaço para secundarios.
O melhor - Os vinte minutos finais, filmados de uma forma diferente do esperado.
O pior - Ritmos algo baixos
Avaliação - B-
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