Tuesday, September 11, 2018

The Bookshop

Cada vez se torna maior as produçoes espanholas principalmente aquelas que ja arriscam tudo na lingua inglesa. Este filme foi o grande denominador dos Goya do presente anos, numa homenagem clara a sua realizadora que conseguiu aqui um sucesso relativo em termos de filmes produzidos por espanha mesmo que em termos gerais as coisas nao tenham sido tao brilhantes. Comercialmente um filme com pouca visibilidade com resultados bastante modestos.
Bookshop mesmo sendo uma produçao espanhola parece sempre um filme mais tradicional britanico do que a vanguarda e a irreverencia espanhola de cinema. Mesmo assim e um filme que acaba por ter alguns meritos bem assinalados, desde logo a caracterizaçao espacial do filme, numa pequena vila ribeirinha, bem como o lado emotivo que liga toda a historia aos livros.
Contudo tem tambem alguns problemas para se assumir como um filme de primeira linha ou mesmo uma referencia, aqui o facto de ser um filme com ritmo baixo e com dificuldade de assumir um climax da ao filme uma toada demasiado adormecida mesmo que no final o impacto emotivo acabe por existir e a imagem final do filme seja algo melhor do que aquilo que vamos percebendo ao longo da duraçao do filme.
Mesmo assim parece-me claro que Bookshop tem qualidades numa cinema cada vez mais universal, e um filme dramatico que assume a toada negativa e isso causa impacto. Podemos dizer que acaba por ser um filme homenagem algo obvio e isso e verdade mas mesmo assim parece-me sempre um filme que tem noçao que funciona melhor no coraçao do que na razao.
A historia fala de uma jovem que decide abrir uma livraria numa pequena vila contra a vontade da maior parte dos habitantes que preferiam ali um centro de arte e que a vai conduzir a uma disputa com a cidade com o apoio de um estranho aliado.
Em termos de argumento temos um filme simpatico, emotivo, que usualmente usa os dialogos para o lado emocional mais que para o lado racional. No final arrisca um pouco mais e acaba por surpreender.
Na realizaçao Coixet tem aqui um filme que acaba por ser dos seus mais bonitos trabalhos, principalmente no contexto fisico do filme. Acabou por vencer nos Goya sendo uma das realizadoras universais do cinema espanhol e talvez uma das que tem uma carreira mais sustentada.
No cast Mortimer tem um papel emotivo que encaixa bem nas qualidades da actriz que funcionam bem no lado mais tradicional britanico. Ao seu lado Nighy funciona tambem em termos emocionais e balançam bem com uma Clarkson a um bom nivel.

O melhor - O contexto espacial do filme

O pior - Um ritmo a determinada altura algo sonolento do filme

Avaliação - C+

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