Thursday, September 27, 2018

Leave no Trace

Existem realizadores que depois de um primeiro filme de sucesso pleno, têm normalmente dificuldades em retomar o seu percurso normal. Talvez foi isso que aconteceu com Debra Granik, que demorou diversos anos a ter novamente um sucesso critico com este pequeno filme estreado em pequenos festivais mas que resultou em mais um filme criticamente aclamado para a realizadora. Comercialmente e fruto quem sabe destas boas avaliações os resultados também acabaram por ser consistentes principalmente tendo em conta o tipo de produto aqui em questão.
Sobre o filme podemos dizer que não é um filme facil, que na maior parte do tempo adquire um ritmo algo lento, mas que depois acaba por se tornar denso, e mais que isso um filme que é uma reflexão adulta sobre formas de vida e sobre a psicopatologia. Os valores do filme são acima de tudo sustentados numa forma propria que o filme tem de nos caracterizar uma relação acima de tudo pai e filha o qual acaba por ser mais intensa do que facil de perceber.
Outro dos pontos que o filme aborda bem acaba por ser aquilo que pode tornar uma pessoa feliz e acima de tudo a relatividade desses mesmos factores. AO longo do filme existe diversas fases com reaçoes distintas entre as personagens que vai servindo de balanço aquilo que o filme nos quer dar, mesmo que a mensagem central do filme acabe por ficar num patamar dificil de atingir.
Nao sendo uma obra prima nem nada proximo disso Leave No Trace e um filme interessante bem desempenhado, com uma intensidade que acaba por ser o seu maior trunfo associado a uma historia no minimo diferente. Muitos poderao dizer que o filme não tem uma narrativa apelativa e que seja algo lento, mas isso em momento algum afeta a intensidade do filme.
A historia fala de um pai e uma filha que residem no meio de um bosque tentado fugir ao maximo daquilo que e convencionar e viver em sociedade ate ao momento em que entram nos serviços sociais e tem dificuldade em manter o seu estilo de vida.
Em termos de argumento mesmo nao sendo um filme com uma historia de base totalmente apelativa o filme tem impacto principalmente na forma emotiva com que a relaçao central e criada e como se desenvolve essa e a ancora de um filme que nao e um poço de criatividade mas que funciona nos seus objetivos.
Granik surpreendeu com Winter's Bone pela capacidade de filmar a capacidade de ligaçao entre pessoas e aqui tem a mesma assinatura. Nao sendo um filme com muitos truques e um filme cru realizado com toadas escuras que sao uma assinatura propria.
No cast o filme tem duas excelentes pretaçoes, um Forster que merecia mais atençao de Hollywood pela intensidade que nos da em cada personagem, sendo este mais um bom exemplo da qualidade do actor, e uma jovem Mckenzie que e surpreendente no filme, demonstrando a capacidade da realizadora descobrir jovens actrizes de bom valor.,

O melhor - A força natural da relaçao central

Avaliação - RItmos demasiado pausados

Avaliação - B-

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