Monday, September 10, 2018

Damsel

Apresentando em competição no ultio Festival de Berlim esta comedia/western acabou por ser uma das surpresas da competição oficial onde recolheu essencialmente avaliações positivas, mesmo que as mesmas acabassem por ser insuficientes para conduzir o filme para mais altos voos. Em termos comerciais um filme claramente de minorias numa conjugaçao de generos nada convencional acabou por ter resultados bem modestos tendo em conta algum teor de estrela que Pattinson ainda consegue ter nos dias de hoje.
Sobre o filme eu confesso que no final de o ver fiquei acima de tudo confuso, principalmente porque me parece que o filme e agressivo, nem sempre com ritmo elevado e acaba por na sua essencia ser uma comedia, e o equilibrio entre estes pontos parece acima de tudo nunca funcionar em nenhum deles, sendo sempre um objeto estranho mesmo que a espaços muito isolados até consiga ser um filme engraçado e mesmo surpreendente.
O filme divide-se em dois blocos um primeiro que conduz a um climax central que ao contrario do comum parece surgir muito cedo no filme, e de uma forma algo surpreendente, até aqui e principalmente por esta escolha o filme é conseguido, descontraido, com bons momentos e acima de tudo consegue nos apanhar desprevenidos com o climax. O problema e que depois o filme acaba e o que bem depois para alem de monotono acaba por nunca ser interessante entrando numa desaceleraçao que nos faz pensar que tudo e completamente desnecessario.
Ou seja um filme arriscado principalmente nas combinaçoes que tenta fazer, com um modelo interessante em pratica de ter o epicentro narrativo no centro da sua duração, mas que na pratica tem muitas dificuldades no após climax. Mesmo assim um filme com algumas qualidades, mas também muitos defeitos o que fazem do filme algo que se vê mas que se percebe ser bastante desiquilibrado.
A historia fala de um jovem romantico que propoem a um padre o acompanhar numa viagem pelo velho west de forma a tentar resgatar a sua amada das mãos de um temivel bandido e logo ali consagrar o matrimonio dos dois.
Em termos de argumento o filme é claramente dividido em duas partes com execuçao diferente, uma primeira fase interessante, onde o humor que o filme quer ter surge de uma forma mais fluida e uma segunda parte claramente mais parada e sem folego. Compreendo melhor a estrutura que a execuçao.
Os irmaos Zellner apostaram forte no lado critico deste filme conseguindo mesmo chegar a seleçao oficial do festival de Berlim. Uma dupla de realizadores ainda com pouco espaço e quase nenhuma visibilidade que aqui tem um trabalho mais tradicionalista do que inovador, a confusao de generos nao me parece beneficiar a analise do duo enquanto realizador.
Por fim no que diz respeito ao cast, Pattinson tem nos ultimos anos tentado desmontar a imagem de icon pop que surgiu com Twilight em projetos mais arriscados, aqui tem uma personagem estranha que encaixa bem no estilo do ator mas pouco mais. A sua colega de cast parece-me mais perdida em face de uma personagem mais vazia e acima de tudo um momento menos feliz do filme.

O melhor - O climax central surpreendente

O pior - A forma como a restante hora de filme acaba por ser insignificante

Avaliação - C

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