Thursday, May 31, 2018

How to talk to Girls at Parties

John Cameron Mitchell foi uma das figuras do cinema em 2001 quando o seu Hedwing se tornou imediatamente um fenomeno critico. Muitos esperavam que o realizador ingles tivesse conseguido o seu espaço no cinema mundial, algo que nunca chegou a acontecer, pelo que o seu cinema foi sempre muito modesto. Este ano voltou as luzes e a cor do filme que lhe deu mediatismo, com este particular filme. COntudo criticamente nao foi alem de uma mediania com ligeira tendencia negativa, sendo que tambem comercialmente o filme acabou por ser um desastre quer em divulgaçao quer em resultados.
Estamos perante um filme estranho isso nao existe qualquer duvida, um filme excentrico que tenta procurar um espaço e uma linhagem filosofica que em momento algum foi facil, com todos os contornos de uma cultura punk dos anos 80. O resultado do filme mais que nao ser facil, acaba por nao ser agradavel, nunca conseguimos gostar nem da historia do filme, e muito menos de uma realizaçao estranha, demasiada colorida mas sem qualquer tipo de objetividade que nos torna saturados rapidamente daquilo que conseguimos ver.
Quando se aposta num argumento estranho, com uma ideia absurda so com muito valor metaforico a mesma consegue funcionar. Aqui rapidamente percebemos que ate temos um filme com adolescentes engraçados mas quando chegamos ao centro da questao o filme torna-se tao sem sentido que nos retira todo o interesse do que estamos a ver, ficando apenas os videoclips das sequencias musicas com muita cor e muito movimento.
Por tudo isto, este e um filme que sera sempre muito mais estranho do que outra coisa qualquer, um filme dificil, aborrecido, com uma ideia que parece saida do planeta dos personagens do filme, e que explica em muito o porque de ate ao momento Cameron Mitchel nao ter conseguido fazer a carreira que depois de Hedwing todos esperaram que acontecesse.
A historia fala de tres amigos assumidamente fas do culto punk britanico que acabam por entrar numa festa algo estranha, e que os leva a conhecer uma jovem vinda de outro planeta que tenta perceber a cultura dos humanos.
Em termos de argumento para alem de uma ideia de base diferente mas sem grande sentido, a propria execuçao do filme esta longe de ter coerencia, quer nas personagens basicas ao maximo, mas tambem num desenvolvimento narrativo, que na utlima meia hora entra mesma numa espiral destrutiva de qualquer sentido.
Mitchell é um realizador com meios, com tecnica mas o resultado neste filme não funciona, muita cor, muito trabalho, mas pouca objetividade, isto explica uma carreira muito aquem da expetativa que neste momento apenas tem visibilidade em lugares menores de festivais.
No cast eu confesso que a mais nova das Fanning tem uma intensidade que a pode tornar uma das actrizes no futuro, principalmente porque nao tem medo de arriscar, aqui temos um papel diferente, com qualidade, pena que o seu companheiro de ecra seja quase sempre mais absurdo do que funcional

O melhor - O culto punk

O pior - A ultima meia hora sem qualquer tipo de logica

Avaliação - D+

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