Sunday, January 17, 2016

The Big Short

A meio do ano existiu o anuncio que a aposta da Paramount para os oscares seria este drama financeiro, algo que muitos anunciaram como uma jogada de desespero de uma produtora sem outros produtos. Mesmo as primeiras avaliações foram pequenas para o exito critico que o filme se tornou e que demonstrou que a Paramount apostou em cheio. Comercialmente o filme começa a dar alguma luz o que o tornou uma presença confirmada na noite dos oscares e uma das suas principais figuras.
Eu sempre fui apologista que o cinema deve ter uma função, creativa, denunciante politica, é isso que tornam os filmes um marco no tempo ou no presente. The Big Short tem isso em grande impacto, na função que assume de tentar da forma mais simples possivel (o que não é facil) explicar as pessoas a razão do dinheiro que desapareceu e da palavra crise, e o melhor de tudo é que se não consegue explicar tudo porque é dificil consegue pelo menos fazer um desenho. E nesta tarefa muito dificil o filme tem o seu impacto a sua marca a sua força.
Mas se já era muito esta valor claro do filme, ainda mais é quando o filme consegue juntar a isso um tom ligeiro de satira que nos faz rir muito mais que em maioria das comedias in solo, consegue ter um argumento onde cada dialogo e absolutamente forte, rico, engraçado e natural, e consegue ter uma abordagem actual e creativa.
Por tudo isto The Big Short pode não vencer os oscares mas e provavelmente o maior e melhor filme do ano, porque tem tudo para o ser, já que era um filme que já seria brilhante se não tivesse qualquer paralelismo com a realidade e com os problemas das pessoas, ainda para mais quando de uma forma clara não só esclarece, como satiriza com tudo que conduziu a forma como hoje vivemos com pior expetativo de que há dez anos atrás, enfim uma obra de referencia não sei se para sempre, porque o que denuncia e o agora, mas provavelmente englobado no seu tempo e sem duvida alguma uma obra prima.
A historia fala de quatro investidores em associaçoes diferentes que prepetivando a existencia de um erro de calculo no sistema bancario aposta contra, e o mal dos outros torna-se o seu bem.
O argumento e brilhante não so nos seus elementos basicos como construçoes e caracterizaçao de personagens e profundidade, creatividade dos dialogos, mas tambem na abordagem a forma como opta por esclarecer ou tentar definir linguagem economica em traços gerais e de mestre num argumento para servir de base a forma como se deve escrever.
Eu confesso que nunca fui fã de Mckay achei sempre um jeitoso realizador de comedia mas que provavelmente nunca seria um figura de proa no cinema. Pois bem enganei-me, a forma como nos da a sua visao deste mundo de Wall Street a forma como adereça o filme e de mais que grande realizador e um grande cineasta e claramente o filme que vai mudar a forma como todo o cinema olha para ele.
Sobre o cast este filme foi noticia por reunir alguns dos actores mais apreciados do cinema, Bale, Gosling, Pitt e Carell todos no mesmo filme era destaque por si só. O filme conseguir tirar o melhor de todos eles, é uma garantia de sucesso. O maior louvor vai para Bale, a forma como constroi cada cena é claramente elevar os parametros de actuaçao ao maior nivel. Sou um adepto da sua forma de interpretar e posso dizer que Bale tem aqui um dos seus melhores registos. Gosling e Carrel tem também personagens e interpretações muito vistosas mais proximas do que habitualmente fazem mas com carisma e poderia receber mais atençao. Pitt mais simples, numa personagem mais eloquente mas tambem a um bom nivel o que não ocorria há diversos anos.

O melhor – A forma como denuncia algo tão grave com um sorriso nos lábios.

O pior – Mesmo a realidade que transmite


Avaliação - A

No comments: