Tuesday, January 26, 2016

Big Stone Gap

Existe um genero que durante muitos anos preencheu carreiras de muitas atrizes que está em pleno desuso, concretamente a simples e básica comédia romantica. Uma das últimas resistentes é mesmo Ashley Judd que aqui tem um projeto tradicionalista, que tambem homenageia o interior norte americano. O resultado muito curto fruto do excesso de simplicidade de meios o filme nao conquistou a critica com avaliaçoes tendencialmente negativas, e comercialmente a pouca expansao do filme não permitiu grandes voos, mesmo assim pensamos que melhor do que se chegou a prever.
São diversas as razões pelas quais eu penso que a tradicional e comedia romantica pipoca desapareceu, desde logo porque eram filmes que nao apostavam num humor mais actual mais sexualizado e com o aparecimento de filmes com todos estes ingredientes acabou este registo ficar para segundo plano. E depois porque tudo, e este filme e um claro exemplo disso e muito teatral, as relações, o porquê das coisas, dai que o primeiro adjetivo que me vem a cabeça para avaliar este filme é obviamente desactualizado.
Mas mesmo com toda a simplicidade e a ternura da personagem central, sempre necessarias para criar uma aproximaçao emocional entre o espetador e o filme, penso que este filme tem outros defeitos vincados, o maior do quais parece-me obviamente o guarda roupa das personagens, principalmente de Judd, a tentativa de lhe dar um ar ternurento quase que esbarra em alguem que anda sucessivamente mascarada para o Carnaval e isso tira desde logo alguma da simples seriedade que o filme queria obter. Mas não e apenas nos promenores que o filme e limitado, no alcance na forma novelesca do seu enredo, e da forma como o filme nunca consegue ter qualquer rasgo de diferenciação.
Pese embora estes defeitos por vezes e interessante olhar para um filme que no dia de hoje, tem os principios de há cinco anos atrás, a forma do amor simples e da sua procura como unico fundamento da vida. A forma como as pequenas vilas americanas sao caracterizadas num cinema que as transforma quase como uma pequena maquete. E nisto o filme tem muito de interior, e mostrar que os EUA sao bem mais do que grandes cidades.
A historia fala de um solteira, sempre ligada a progenitora que depois da morte desta tenta buscar o sentido para a vida concretamente em busca de um amor real e vivido da forma natural, contudo percebe que tudo na pequena aldeia onde vive e pre formatado segundo convições e razões e nunca por emoçoes.
O argumento e nos seus procedimentos na sua estrutura e nos seus dialogos desatualizado, uma forma de escrever comedias romanticas em desuso e principalmente com defice de ingredientes como um maior humor descontraçao que me parecem importantes nos dias de hoje.
Na realizaçao Trigiani e uma realizadora já presente há diversos anos com filmes pequenos que aqui tem um trabalho simples mas com algum merito como a boa contextualizaçao temporal e local de um espaço tao proprio como o interior americanos, parece algo saudosista no cinema mas na realizaçao sem muito risco tem um trabalho razoavel.
Judd ira provavelmente fazer uma carreira alicerçada em comedias romanticas tradicionais dai que tenha perdido nos ultimos tempos muito espaço em Hollywood, mais que as suas caracteristicas de interprete a sua face acaba por ser ideal para estes filmes pelo lado meigo que transmite. No resto do cast pouco a registar a nao ser a curiosidade de Patrick Wilson ter realmente nascido em Big Stone Gap.

O melhor - Algum detalhe de epoca e interior americano

O pior - Tudo esta desatualizado no filme

Avaliação - C-

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