Thursday, January 07, 2016

Chi-Raq

Spike Lee e um realizador controverso, podemos não gostar dos seus filmes, considerar os mesmos extremamente tendenciosos do ponto de vista racial, mas é certo que o mesmo arrisca nos mesmos, tem cuidado com o primor estetico e é um referencia polemica do cinema. Depois de nos ultimos filmes as coisas não terem corrido muito bem este ano lançou uma adaptaçao de uma obra grega aos dias de hoje. Os resultados criticos foram interessantes, o seu regresso as boas avaliaçoes, insuficientes contudo para entrar em qualquer corrida, por sua vez comercialmente as coisas estao muito em baixom o filme teve pouca expansao e pior que isso foi pouco visto.
Sobre o filme uma adaptaçao de uma obra antiga ao mundo moderno, principalmente quando se quer ficar com algum do texto integral soa sempre a demasiado teatral, e esse e o grande problema do filme, mais que o filme e uma peça de teatro uma encenaçao, por isso o lado musical, o lado estetico o lado da cor que o filme tem, e que o tornam num objeto creativo, perfecionista, arriscado mas funcional do filme.
O tema e polemico a ligaçao da sexualidade com a guerra numa guerra de genero, ele consegue fazer o filme com um teor leve, quase humoristico, nas sempre com a capacidade de denunciar que o filme tem. Mais uma vez e este e o lado mais cansativo de Lee vem o lado da diferença racial, que mesmo sendo tocada muito ao de leve esta presente no filme. Mas temos inovaçao no realizador, na cor, na musica, na forma como transforma uma obra grega num bailado moderno e isso a que anotar.
Muito sentiram esta forma de filmar e mais que isso a forma do argumento estranho, e dificil entrar na forma do filme, dai que se conseguirmos vamos desfrutar do filme, caso contrario o filme não sera facil de acabar, não e um filme para se amar, mas sim para gostar dos apontamentos, o tema da guerra de gangs e repetitivo e a resoluçao demasiado teatral e pouco narrativa. Num filme com mais virtudes do que defeitos, temos o lado de um toque actual numa historia universal.
A historia fala de chicago dos gangs que matam crianças e entre si diariamente numa tentativa de acabar com esta guerra as mulheres juntam-se e exigem o fim da guerra para voltarem a ter sexo.
O argumento e interessante na medida em que ajusta uma historia da antiguidade aos nossos dias e ainda para mais a um ambiente de bairro, claro que algumas das adaptaçoes poderiam ter mais creatividade mas funcionar já e um ganho para um projeto dificil, principalmente na forma como os dialogos sao escritos.
Spike Lee tem aqui uma obra mais estetica mais espetacular do que grande parte dos seus filmes, temos cor, temos encenaçao, temos bailado, temos atualidade mostrando Spike Lee que não esta morto e que o cinema para alguns e uma forma de expressao
No cast nos principais papeis poucos actores de renome Teyhona Parris tem o papel de maior destaque e entrega bastante sensualidade a um filme que exige isso, do outro lado parece menos convincente Nick Cannon num papel que exigia mais dualidade parece sempre um rapper em modo slow. Bons cameos de Snipes e principalmente de Samuel L Jackson.

O melhor – A peça de teatro

O pior – Ser um filme dificil de entrar


Avaliação - B-

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