Saturday, January 30, 2016

Spotlight

Desde as primeiras apresentações em Veneza e em Toronto que de imediato foi considerado um front Runner na corrida aos oscares, sinonimo da forma como todos ficaram impressionados com este filme que causou um impacto muito grande junto da critica e de quem o assistiu de forma a que ainda hoje a pouco dia das entrega das estatuetas douradas continue a ser um candidato. Em termos comerciais acabou por ser consistente sem ser explosivo, o que chega para fumentar qualquer candidatura.
Pois bem quando pensava depois de ver Big Short que todos os restantes filmes que assistisse este ano não conseguiriam ter o mesmo impacto, pois bem enganei-me. Já que Spotlight trata tambem ele de um assunto claramente de grande impacto e assustador, de uma forma mais simples menos artistica mas mais direta ao ponto que no final saimos do filme quase asfixiados na forma como tudo que acabamos de saber e tao documentado, ainda para mais quando sabemos que tudo aconteceu.
E mesmo na simplicidade do filme, que tem uma estrategia de literatura linear, e na forma crua como o novelo se vai desvendando que o filme vai captando a cada momento o espetador que sai de la revoltado, a questionar a fe e muito mais, e quando um filme consegue ter este impacto e sinal que estamos obviamente por um filme singular, e narrativamente um dos filmes mais diretos ao ponto, cinema simples mas com uma eficacia a todos os niveis que o levam para um nivel de competencia do mais alto que assisti nos ultimos anos acima de tudo potenciado por interpretaçoes muito solidas e mais que isso um guião estudado, preparado, simples, e extremamente eficaz.
Dai que provavelmente este ano teremos uma luta a dois pelos Oscares de formas diferentes de fazer cinema e em ambos os casos de grande impacto, uma comedia, um drama, duas denuncias duas reflexoes para o simples mortal, que mostra que o cinema e esta forma simples de nos fazer refletir e nisso Spotlight como Big Short atingem o olimpo naquilo que o espetador tras com os filmes.
A historia fala de um grupo de jornalistas que se envolve em descobrir os escandalos de pedofilia na abadia de Boston desenvolvendo num novelo que parece não ter fim, não so nos factos mas tambem na forma como tudo foi encoberto.
O argumento e daqueles que nos olhamos e não conseguimos explicar o seu perfecionismo, talvez pela forma com que tudo seja preparado ao limite a forma como as vitimas sao ouvidas, a explicação cinentifica os numeros, as fontes, mais que um filme escandalo e um filme de investigação e denuncia e mesmo sem ser um dez em nenhum aspeto em particular e um argumento dez no seu resultado final.
E na realizaçao que o filme perde em comparaçao com muitas das obras primas dos ultimos anos, já que em muitos outros aspetos e dos filmes mais bem feitos dos ultimos anos, McCarty e um realizador ainda pouco habituado a grandes andanças, e aqui falta rasgo, falta um toque pessoal, mais do que uma realização competente, porque a este nivel, uma realizaçao mais entusiasta poderia tornar mesmo este filme um dos mais marcantes dos ultimos anos, o que acaba por ser na mesma mesmo sendo a realizaçao o parente pobre.
No cast o mesmo que o argumento, sem ter papeis de retirar folego nem o argumento trabalhar para os seus actores brilharem individualmente a forma como keaton, McAdams, Schreiber, James constroiem as suas personagens e de uma competencia assinalavel, na forma como se entregam a causa de uma forma muito intensa, o unico que se sobressai talvez pela mais extroversao da personagem e Rufallo em boa forma e para mim o papel mais assinalavel da sua carreira justificando a nomeaçao obtida.

O melhor – A forma como simplesmente denuncia algo com tanto impacto.

O pior – A realização poderia ser mais artistica, o filme tinha esse espaço.


Avaliação - A-

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