Existem sequelas que se não estivermos particularmente atentos acabamos por desconhecer se o são na realidade, é o que podemos dizer deste filme que pega num dos elementos do sucesso emocional Wonder para dar um filme completamente diferente, embora baseado noutro best selles do mesmo autor. Este filme teve uma produçao conturbada, atrasando quatro anos o seu lançamento. Criticamente o filme ficou pela mediania , nao obstante de ter um realizador de primeira linha, embora numa fase menos explosiva. COmercialmente a falta de figuras de uma primeira linha acabou por condicionar o seu resultado comercial muito redutor.
Sobre o filme podemos dizer que a ligaçao ao filme anterior e tenue e fica mesmo a sensação que se não for lido esse contexto tudo podera passar algo ao lado. Depois entramos no filme propriamente dito, onde temos um drama do holocausto, intenso, emotivo, com fantasia que consegue desportar emoçoes, e isso e o objetivo primordial do filme que acaba por ser aquilo que quer ser.
Claro que os esteriotipos entram em todos os pontos, claro que muito do que vimos no filme e demasiado previsivel para ser diferenciador, mas isso não faz com que as emoçoes que o filme quer transmitir nao surjam da melhor forma. E um filme que tenta ter algum cuidado visual, principalmente nas sequencias passadas e que tem os seus objetivos cumpridos, claro que num tema tao intenso como este outros filmes ja foram mais maduros.
Assim fica a sensação que se calhar temos um filme que ainda e mais intenso do ponto de vista emotivo do que o primeiro Wonder, um filme que leva sempre para um dos lados mais negros da humanidade mas ao mesmo tempo que consegue ter a beleza das pequenas/grandes ligações, num filme que nao pode ser um poço de maturidade mas que sabe explorar bem os sentimentos que quer transmitir.
O filme fala de uma avó que conta ao seu neto a historia da sua infancia em pleno holocausto, e na ligação que foi criando com um estranho jovem que a consegue resgatar durante um elevado tempo para o celeiro de forma a resistir as forças invasoras nazi.
O filme e rico principalmente nas emoçoes e na fantasia criada entre personagens, e nisso que o filme consegue os seus melhores momentos e acima de tudo e ai que o filme consegue comunicar e bem como o publico. Podemos dizer que a historia e mesmo os dialogos sao algo standartizados mas isso funciona.
Forster ja foi um realizador de primeira linha, de premios, que nos ultimos tempos 'perdeu muito do impacto critico com melhores resultados comerciais. Nota se a ligaçao ao cinema oriundo dos livros, mas aqui tem um filme bonito, fantasioso, mesmo que alto tradicional. E um realizador que acima de tudo sabe transmitir sentimentos.
No cast dois jovens quase anonimos pegaram no filme e encaixam bem nos pontos das suas personagens, com mais destaque para a jovem Glaser. A presença de Mirren e sempre sinonimo de competencia.
O melhor - A forma como o filme se exprime emocionalmente
O pior - A forma como se calhar tudo é demasiado denunciado
Avaliação - B-
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