O sucesso o ano passado de Sound of Freedom deu espaço a um tipo de cinema de intervenção em temas que parecem genericos mas que acabam por ser abordados de forma diferentes, sendo que neste caso os interpretes acabam por assumir em statements finais uma posiçao clara. Este filme, que pese embora tenha sido produzido ha diversos anos ganhou um folego este ano motivado pelo sucesso do anterior. Criticamente as coisas nao correram mal, mas o publico acabou por declarar guerra ao contexto por si so. Comercialmente a polemica rendeu o standartizado milhao de dolares mas pouco mais.
A subtileza artistica do cinema deve ser um dos seus fundamentos expressivos. Quando o cinema tenta ser propaganda politica parece que as coisas devem ser analisadas de uma forma mais distante. E o que temos aqui e um filme levado ao extremo maximo de logica e coerencia para fazer funcionar o pudor total de uma mensagem meritoria mas que nao necessitava de um veiculo pelo menos tao declarado e exagerado.
O filme fala de uma personagem silenciosa que passa basicamente duas horas a ser submetida aos atos mais hediondos sem razao nenhuma. O exagero dos personagens acaba por levar o filme para um serie B longe do impacto ideologico que o filme por ventura poderia querer transmitir, mas quando se acaba por ser demasiado exagerado a mensagem perde-se para alem de todo o valor do filme enquanto obra.
Por tudo isto um folhetim politico de valores, que mais nao e do que uma obra simples, exagerada, pouco trabalhada e por isso pouco realista, que deixa de ser levada a serio, mesmo que no final e de forma concreta tenhamos o protagonista a falar que aquilo e verdade, quando o filme acaba por ser um ato de tortura permanente, muito pouco sem duvida.
A historia fala de um pobre jovem que vai para os EUA numa rede de trafico de pessoas com o sonho de ser jogador mas que acaba fechado numa empresa textil onde e torturado diariamente por tudo e por nada, ate que a policia consegue perceber o que ali se passa.
O argumento basicamente nao existe, tem a premissa que as redes de traficos se seres humanos, super esteriotipadas estao presentes e levam ao maximo, com pouco cuidado ou pouco realismo para sim denunciar a forma como se encobrem na realidade onde todos vivemos.
Na realizaçao o projeto e de um realizador quase desconhecido que quer criar impacto, que consegue com imagens duras mas com pouca arte na forma como as transmite, num claro filme de segunda linha, de um realizador que mais nos parece se tornar num tarefeiro da ANgel.
No cast poucas figuras de renome um jovem quase desconhecido espelha o sofrimento ao longo de duas horas com a expressao facial repetida de panico Ari Lopez e o filme com os defeitos de uma prestação repetitiva. Patric e Calva são as figuras mais conhecidas surpreendendo mais a presença do segundo, que so se percebe por o filme ter sido filmado antes do sucesso ou insucesso de Babyloon.
O melhor - Claro que o tema e sempre chocante
O pior - QUanto mais real e proximo da realizada mais vai ter força para denunciar
Avaliação - D+
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