Wednesday, October 09, 2024

Cuckoo

 O terror tem sido o genero que tem pautado o ano, e nem estamos a falar das obras mais convencionais em termos de abordagem, mas ficou a ideia que a intensidade psicologica e estetica na maior parte das vezes chega para suportar um filme. Eis que surgiu esta produçao realizada na alemanha, que estreou em festivais pequenos com boas avaliações e que com isso conseguiu uma estreia com dimensão wide que no entanto teve resultados algo rudimentares.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem um arranque interessante na forma como apresenta e conduz as personagens para determinado lugar e acima de tudo como as coisas começam a acontecer. O problema do filme e o seu desenvolvimento e efetivamente o que ele acaba por ser na sua conclusao, onde nos parece confuso, de impacto reduzido para alem da vertente estetica em que efetivamente funciona.

Fica sempre a ideia de personagens algo perdidas em termos do lugar de onde vêm e para onde vão, fica a ideia que o filme deambula sobre si proprio tentanto na maior parte do tempo ter um impacto ou uma explicação que acaba por nunca ter, para alem de uma analogia a cukoos e outra especie que para dessa curiosidade pouco acaba por ter em termos do que transmite.

Por tudo isto temos um filme de terror concetual, que nunca consegue ser impactante pela sua resolução confusa onde as imagens e os gritos acabam por si so por nao resgatar o filme. Numa altura em que o cinema e principalmente as abordagens mais concetuais do terror tem marcado, fica a ideia que este filme e muito mais estranho do que impactante.

Temos uma familia disfuncional que regressa a um resort na alemanha, onde a filha mais velha ainda enlutada pela morte da mãe começa a perceber a ocorrencia de comportamentos estranhos no alojamento principalmente depois de começar a colaborar na receçao do mesmo.

O argumento do filme acaba por ser na sua analise mais superficial confusa e complexa. Fica a ideia que existe uma boa introdução que nao tem seguimento no epicentro narrativo, e quando tal acontece fica a clara ideia que o filme se perde.

Na realizaçao o projeto foi assinado por Tilman Singer um realizador alemao que tem aqui o seu projeto mais internacional, fica a ideia que em parametros curtos o realizador consegue tirar, na maior parte das vezes, o impacto que quer ao filme, visual e de som, mas o resultado final e mais estranho do que sedutor.

No que diz respeito ao cast a aposta na atriz trans Schafer da a personagem a ambiguidade que a mesma quer ter do primeiro ao ultimo minuto. Ao seu lado temos um Stevens que funcionou sempre melhor em personagens estranhos do que propriamente em papeis para o menino bonito.

O melhor - Os primeiros vinte minutos.


O pior - A espirar de confusão que o filme acaba por se tornar


Avaliação - C-

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