Monday, October 21, 2024

Beetlejuice Beetlejuice

 Trinta e seis anos depois de Tim Burton em plena loucura inicial da sua carreira ter surpreendido o mundo com os seus peculiares fantasmas, introduzindo uma personagem única ao longo dos anos, eis que surge a sequela, com longo tempo de espera, mas que conseguiu chamar a si a maior parte dos elementos possíveis, com destaque no regresso de Keaton como a personagem que deu nome. A Warner apostou forte no filme e os resultados foram interessantes, comercialmente os resultados foram capazes, principalmente para um filme tão distante dos mais jovens e criticamente Burton funcionou dentro das possibilidades.

Eu confesso que pessoalmente e naquele tempo Beetlejuice foi um filme surpreendente em todos os aspetos, pela sua rebeldia, pela genica da personagem, pelo exagero dai que foi com alguma surpresa e expetativa que comecei a ver este segundo filme, não sem antes passar pelo primeiro e perceber que o tempo passou. Sobre este filme o mesmo mantem o que de melhor o filme poderia ter, Keaton na sua personagem, e aqui temos muito dos segredos e louvores que o filme tem que ter.

Outro dos pontos que funciona no filme acaba por ser os apontamentos de retrospetiva, quer nos momentos em que Burton da a sempre sua peculiar animação, ou o lado de cinema italiano de base, acabam por ser filmes dentro de filmes mas com os detalhes de realização interessantes, embora noutros momentos parece claro que temos um Burton menos impactante, mais colorido e muitas vezes mais convencional.

Não sendo um grande filme, nem tendo minimamente o carisma do primeiro filme, acaba por acionar o icon vintage a quem vai ver, desde logo pelo regresso de uma personagem iconica, embora fique a ideia que a personagem de Ryder e mesmo as outras possam ter perdido alguns dos sublinhando do primeiro filme, o filme resulta muito mais pelo Vintage do que pela inovação de qualquer dado novo para a historia que foi passando pelas gerações.

Apos a morte de Charles, a familia do mesmo, numa fase e com descendência regressa a casa onde tudo começou, acabando por despertar novamente Beetlejuice, e os seus objetivos, depois de ter ficado arredado demasiado tempo do mundo dos vivos.

O argumento nao arrisca muito em termos de inovaçao, sublinhando o que resultou no primeiro filme, mudando apenas a posiçao da personagem de Ryder, e introduzindo uma nova. De resto um filme que nao ser quer levar a serio, mas que acaba por ser mais do mesmo.

Burton e um realizador iconico que acabou por ter uma carreira que a determinada altura se pensou que poderia ter ido mais longe do que o lado comercial. Aqui esta numa fase comercial, mais clara, onde consegue captar o lado estranho da personagem, mas mesmo assim com muito mais cor do que o primeiro filme.

No cast Keaton constrou bem a personagem no primeiro filme e a sua caracterização nao faz com que os anos a tornem estranha. Pior Ryder que a carreira foi desaparecendo, sendo percetivel que Burton gosta de Ortega e a sua face, e isso esta presente nos planos do filme.


O melhor - Beetlejuice himself

O pior - Ficar com a sensação que trinta anos depois o que sai e pouco


Avaliação - C+

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