Nos ultimos anos os percursores de melhor filme internacional tem lançado projetos de areas menos comuns no spotlight do cinema, normalmente filme que tiveram trajetos pelos festivais de cinema maiores como foi o caso deste pequeno filme finlandes que entrou na competiçao do festival de Cannes onde ganhou o premio do juri, acabando por ser presente com duas nomeaçoes aos globos de ouro, e surpreendentemente ficar de fora na nomeaçao para melhor filme internacional aos Oscares, mesmo com todo o reconhecimento critico obtido. Comercialmente o filme acabou por ter bons resultados a volta do globo mesmo que nos EUA isso não tenha tido significado.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é declaradamente amador em todos os seus procedimentos, quer nas interpretações o filme tem um exercicio de estetica e de movimentos muito proprios que podem ser interessantes ou recusados devido ao seu inexistente sentido. E um filme estranho que nos leva para a realidade do sacrificio mas que no final pouco mais sobra do que uma estranha relaçao sobre inadaptados.
Simplicidade pura e o que o filme mais tem, poucas palavras, pouco movimento, pouca cultura, mas acima de tudo um filme concetual que acaba por ter a sua diferenciaçao, embora o resultado acabe por ser mais estranho do que funcional. Claro que devido a traços tao rigidos e facil o filme ficar na memoria sem que na minha opiniao isso seja pelos melhores motivos.
Ou seja um pequenissimo filme europeu que nos tras o cinema na sua base mais profunda com poucos dialogos, pouca expressão de personagens fantasmas que deambulam nas dificuldades. Socialmente o lado satirico do filme pode funcionar mas como obra de referencia pouco mais surge do que o seu estilo amador bem definido.
A historia segue um homem e uma mulher completamente afogados socialmente e isolados que acabam por se encontrar no desespero da vida de cada um criando uma ligação nas pequenas coisas e num motivo para conitnuarem a procurar algo mais.
O argumento do filme resume-se a meia duzia de dialogos reduzidos ao maximo, muita musica e uma mensagem de esperança mesmo no lado mais sombrio da sociedade. E claramente um filme curto, basico, que assume essa falta de conteudo como a sua assinatura.
Na realizaçao do projeto Kaurismaki e um concentuado realizador finlandes muito proximo da critica mais tradicional, pela roupagem muito propria que da aos filmes que tem o seu estilo e a sua assinatura, bem presente neste filme talvez o mais reconhecido.
No cast o filme conseguiu que a sua desconhecida interprete Poysti conseguisse a nomeaçao principal para os globos numa personagem pouco expressiva, mas que cativou a critica, embora me pareça algo semelhante ao seu colega de cast.
O melhor - O estilo proprio assuimido pelo filme.
O pior - O amadorismo assumido parece-me sempre uma fuga para a frente.
Valiação - C+
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