Todos conhecemos aquilo que tem sido nos últimos anos a carreira de Nicholas Cage na forma como coleciona filmes de nivel B, e que por vezes estes estranhos filmes se transformam em estranhos fenomenos de culto, proximo da critica especializada. Foi isto que aconteceu a este peculiar Dream Scenário, que acabou por ser lançado na temporada de premios, e cuja a interpretação de Cage começou a receber os mais diversos elogios que o conduziu a nomeação para melhor ator comedia. Do ponto de vista comercial estes filmes serie b de Nicholas Cage são sempre algo distantes do grande publico, embora os mesmos tenham um publico bastante especifico que este filme em concreto teve dificuldade em cativar.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem uma base de partida bastante original, e comica, o qual utiliza bem um Nicholas Cage que consegue ter uma imagem de si bem diferente daquela que fez explodir a sua carreira, mas que acaba por encaixar bem nesta fase da carreira do ator pela ligação do insolito de todas as sequencias, com um humor disparatado e a teoria do caos, que nos leva para um lado de intriga que nos prende ao ecrã, embora surja sempre a ideia que o resultado no final sabe a pouco.
Podemos dizer que o o filme tem dois terços da sua duração bastante eficazes na forma como o caos se vai tornando cada vez maior, na forma como o filme passa do lado positivo da fama ao lado negativo, e principalmente na forma como a personagem central vai divagando ao longo do filme, com a clara noção de que tudo tem um proposito claro, na parte final, o filme perde-se um bocadinho onde quer ir, principalmente com o lado sci fi que encaixa pouco na metafora que o filme quer ser.
Por tudo isto temos um filme inteligente na abordagem e na metafora que quer fazer, que acaba por na maior parte do seu tempo ser bastante ligeiro e funcional, perdendo no final algum do impacto que vai crescendo. O filme alicerça-se na imagem e interpretaçao de Cage com as suas vicitudes, mas no final fica a ideia que o impacto final poderia, e deveria ser melhor do que realmente se torna.
A historia fala de um cinzento professor, pouco carismatico que de repente começa a ser presenta constante no sonho de diverasas pessoas sem qualquer ligação, que o levam a um fenomeno viral que rapidamente se torna no reverso da medalha.
O argumento é bastante original, quer na ideia de base, quer acima de tudo no que a mesma significa e na forma como ela cresce. O problema do filme é que na parte final se perde totalmente em alguma eloquência perdendo algum do efeito que os valores que vai assumindo fizeram crescer.
No que diz respeito à realização, o projeto é dirigido por Kristoffer Borgli embora pensado para Ari Aster, o qual daria certamente um impacto de terror maior ao filme. Este jovem realizador acabou por conseguir dar ao filme o lado indie interessante embora fique a ideia que poderia ser mais arrojado do ponto de vista visual.
No cast Cage esta ao melhor nivel do que tem feito, pela capacidade de trazer os tiques todos que lhe deram fama para uma personagem totalmente distante do que fez ate agora, que novamente lhe conduziu a um reconhecimento critico que tem aparecido nos tempos mais recentes da sua carreira. junto a si temos uma Julianne Nicholson tambem com bons momentos, num filme que é essencialmente um espaço a solo de Cage.
O melhor - A metafora funcional da fama
O pior - A conclusao, mais concretamente os ultimos quinze minutos
Avaliação - B-
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