Alexander Payne é um dos realizadores que melhor consegue cativar a critica a cada filme, simplista, ou não que aborda que o tornou num caso unico de um cineasta unico, que conta apenas num incompreendido Downsizing como dos poucos filmes que não cativou a critica mais feroz. Pois bem este ano as coisas voltaram a correr bem, com avaliações criticas unicas que coloca o filme na parte da frente dos candidatos a premios, e comercialmente um resultado consistente para um filme com menos ambições neste propósito.
Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de uma comedia dramatica, que se pode rapidamente tornar num classico de natal. E um filme que mistura emoções realizado como se fossemos transportados para os anos 70, cheio de subtileza que faz com que tenhamos personagens que se aproximam de nós, nos falam rir, numa quimica nada habitual, algo que o realizador tão bem ja tinha feito em Nebraska e que volta a fazer aqui como poucos conseguem.
O que é diferente no filme, desde logo a simplicidade da historia sobre ligação entre desalinhados, o humor dos detalhes do dialogo, não sendo declaradamente humiristico faz-nos rir, a forma como não esconde o lado dramatico, e os promenores que são apontamentos de assinatura como o olho e as doenças da personagem central, ou mais que isso a capacidade do filme nos fazer aproximar de pessoas que temos nas nossas vidas e que gostamos de apelidar de diferentes.
The Holdovers e um grande filme, poderá não ser o melhor de Payne, eu pessoalmente prefiro Nebraska, mas é um classico de natal na forma como vai a essencia da quadra naquilo que une as pessoas. E um filme de risco no tipo de imagem mas mais que isso na forma como os dialogos se tornam quase uma lingua propria entre personagens. Podemos dizer que e algo previsivel, mas que funciona totalmente na toada que quer ter.
A historia segue um professor anti social, um aluno numa fase familiar muito complexa e uma cozinheira em luto que permanecem sozinhos nas instalações de um colegio durante a epoca natalicia, e onde apenas se tem uns aos outros para tamanha quadra.
O argumento e o prato forte do filme, a forma subtil como Payne toque em apontamentos completamente detalhados e fortes. O humor subtil, e a linguagem propria entre as personagens faz deste filme talvez o melhor argumento do ano até ao momento, e um serio candidato a premiar o que melhor Payne faz, escrever.
Tambem na realizaçao com subtileza temos promenores que merecem ser sublinhandos, como o facto do filme ter sido todo ele feito sem qualaquer efeito, com cenarios reais e conseguir nos levar para os anos 70 com toda a facilidade. Payne como realizador não é vistoso mas tem uma profundidade de encaixar as personagens sempre no sitio certo.
No cast Giamatti brilha do primeiro ao ultimo minuto, ninguem percebe tão bem o que Payne quer das suas personagens como ele, e aqui merece o destaque, e quem sabe algo mais, e a pauta do filme, sempre auxiliado por Sessa em estreia que surpreende pela intensidade e uma Joy Randolph encaminhada para um oscar pela sua leveza e intensidade de alguns momentos.
O melhor - A capacidade do filme expressar uma grande diversidade de emoçoes.
O pior - Pode conduzir para alguma previsibilidade
Avaliação - B+
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