Sunday, January 14, 2024

The Family Plan

 Num ano em que a Apple apostou forte na sua temporada de premios com dois filmes, pelo menos muito vistosos em mediatismo eis que surge a sua aposta mais comercial para toda a familia, nesta comedia de ação dentro do que tem sido a carreira na ultima decada do seu protagonista Mark Whalberg. Em termos criticos este filme acabou por ser em todo o lado um floop com avaliações muito negativas, sendo que comercialmente a Apple ainda não tem o poder, fora de filmes com outro reconhecimento para os tornar em sucessos comerciais instantaneos.

Sobre o filme podemos começar por dizer que é o percurso natural do que temos assistido na carreira de Whalberg nos ultimos tempos, filmes para a piada facil, neste caso concreto que quase nunca consegue ser engraçado, um argumento pouco ou nada interessante e duas horas perdidas em cinema de estudio de qualidade mais de duvidosa, tempo que dificilmente conseguiremos recuperar.

O filme tem duas vertentes diferentes e não funciona em nenhuma delas. A intriga enquanto filme de ação nem sequer o filme tenta explicar, tem uma base para uma road trip e algumas cenas de açao mas nada mais, num argumento digno de um projeto de primeiro ano de um mau curso de cinema. Mas se todos pensam que e na ação que o filme tem pior desempenho, tal não acontece porque na comedia tudo ainda é pior, fica a ideia que o filme tenta duas horas ter graça e nunca consegue nem com as expressoes faciais do bebe que acompanha o filme todo.

Ou seja um fraquissimo filme de ferias, que vai dentro do estilo de cinema que Wahlberg de forma preguiçosa se tem dedicado, num estilo para ganhar dinheiro sem grandes processos, o que se torna cada vez mais dificil de perceber em grandes estudios, principalmente numa Apple que ate a data estava a ser competente nos seus lançamentos.

A historia fala de um ex-assassino do estado que depois de ter formado uma vida familiar, acaba por ser presseguido por viloes do seu passado, que o faz ter de revelar a sua identidade de forma a salvar a sua familia, mesmo que isso conduza a que tenha de revelar uma parte desconhecida da sua vida.

O argumento do filme acaba por ser o aspeto mais danoso para todo o seu resultado, que começa na falta de graça de quase todas as suas tentativas de ser engraçado ao qual se une uma intriga primaria, que nada e trabalhada ao longo de todo o filme para uma comedia de serie b com grande orçamento.

Na realizaçao temos aqui Simon Cellan Jones um obreiro de episodios de series que tem aqui a natural passagem ao cinema patrocinada por uma das produtoras que ja tinha trabalhado. O resultado e uma tarefa nem sempre bem construida mesmo para as limitaçoes e pouca ambiçao de uma comedia de estudio e nada mais.

No cast e incrivel o que a carreira de Whalberg se tornou, principalmente depois de The Departed, tornou-se monocordica, repetitiva e mesmo aquilo que achavamos graça no passado foi sendo demasiado obvio e torna-se já circunstancial. Ao seu lado Monhagan quis espaço num filme mais mediatico, mesmo sem qualquer ambição para alem disso.


O melhor - A forma como o streaming quase tornam estes filmes invisiveis.

O pior - Duas horas a tentar ser engraçado sem nunca conseguir


Avaliação - D



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