A Netflix encontra-se a tentar apostar em diversos registos com o objetivo de adquirir um poder na produçao e distribuição de filmes que seja mais um trunfo no seu mercado. Num ano hiperativo fica também marcado por o regresso de Vicenzo Nitali ao mundo do terror circular, que lhe deu a fama com o estranho Cubo. Ao contrario deste seu filme este não capitalizou a critica com avaliações medianas com ligeiro pendor negativo. Do ponto de vista comercial a falta de figuras de primeira linha podera não tornar este filme dos mais apeteciveis da Netflix.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo inicia bem, a forma quase claustrofobica com que faz as personagens se perderem num campo com vegetação elevada e a sensação que o filme da do desespero das personagens centrais. So que rapidamente o filme abandona este registo para um lado circular em termos de tempo e com um aspeto metafisico com explicação o torna tudo confuso, irreal e pouco assustador.
O filme e daqueles que quer ter um conceito sem logica para explicar a sua logica e quando e assim em filmes com alguns objetivos de terror normalmente as coisas nao funcionam concretamente no impacto que as imagens e as sequencias tem no espetador. Fica mesmo a ideia que o filme é demasiado metafisico para impressionar e nunca consegue ter o lado surpreendente de Cubo, embora comece com o mesmo preceito.
Ou seja um filme que pelo contexto espacial e temporal circular das personagens era de execução dificil, mas que nunca funciona em termos de impacto. Fica a ideia que tambem as personagens sao abandonadas em deterimento da situação e isso faz com que um bom inicio de filme nao resulte particularmente num filme de grande impacto o que é necessario sempre num filme de terror.
A historia fala de dois irmãos que se perdem numa vegetação isolada depois de tentarem socorrer um menor, o que conduz a um campo de vegetação com carateristicas e ambiçoes proprias que coloca em causa tudo o que conhecemos do tempo e da vida.
Em termos de argumento o filme é exigente porque quer ter dimensao temporal, e mais que isso quer ser surpreendente nas explicaçoes mas acaba por confundir demasiado o espetador e nao ter a objetividade necessaria para o impacto dos seus fundamentos.
Natali funcionou com cubo quer na historia quer no conceito, conseguiu anos mais tarde funcionar com Splice mas a sua carreira nunca ficou vincada no cinema tendo passado para a televisao. nesta tentativa de regresso a setima arte temos um conceito mas nao nos parece o filme mais feliz.
No cast um grupo de jovens quase desconhecidos nao sao colocados a prova num filme sem grandes personagens que dá a um Wilson monocordico o lado negro da historia sem grande brilho para nenhum dos intervenientes.
O melhor - Os primeiros dez minutos.
O pior - Quando as realidades temporais se cruzam o filme perde muito do impacto
Avaliação - C-
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