Wednesday, August 21, 2019

Once Upon a Time in...Hollywood

Quentin Tarantino e sem duvida um dos cineastas mais amados e mais aguardados de Hollywood sempre que lança um projeto ainda para mais num filme que prometia entrar no mundo do cinema em 1969, numa mistura de figuras reais e ficcionais com um cast de primeira linha. Exibido pela primeira vez no Festival de Cannes as avaliações foram positivas, demonstrando que mais uma vez Tarantino tinha conseguido convencer a critica. Comercialmente lançado num estranho mês de Julho as coisas correram muito bem, sendo para alem de um sucesso critico um sucesso comercial.
Sobre o filme podemos dizer que temos quase todos os ingredientes dos filmes de Tarantino, desde logo a original ideia de ir aos anos loucos do cinema, misturando factos e filmes reais com personagens por si criados, numa fabula urbana de como tudo poderia ter acontecido naquela época. A forma como consegue ser uma viagem ao passado na realiaçao e mais que isso em todo o contexto e o primeiro grande louro de Tarantino que nos da um festival de realização quer em termos contextuais mas também na forma como conduz nos ao passado estético daquele momento.
Mas no argumento temos também os pormenores de Tarantino na escrita, principalmente nos diálogos de primeira linha e muitas vezes insólitos. FIca a ideia que em termos de centro narrativo o filme não e de uma primeira linha naquilo que significa mas temos mais um ingrediente cumprido, num filme que vai aumentando a qualidade com a sua duração, e vai acima de tudo ganhando cada vez mais particularidades daquilo que torna o cinema de Tarantino mais único.
OU seja um excelente filme dentro da filmiografia de um dos maiores realizadores da atualidade. Temos diversas historias paralelas, temos um humor negro bem presente, temos loucura e violência, e uma abordagem criativa aos acontecimentos mesmo que o assunto em si, ou a linha central narrativa esteja longe de uma força que outros filmes conseguem ter.
A historia segue um actor a perder fulgor e o seu duplo numa tentativa de sobreviverem numa industria que realça o aparecimento de novos icons, enquanto surge naquele contexto um movimento hippie marcado pela violência de Charles Mason.
Em termos de argumento podemos dizer que em termos de tronco narrativo já tivemos melhor em Tarantino, embora na especificidade tenhamos tudo que faz dele um dos melhores argumentistas da atualidade. A originalidade da abordagem a diálogos de primeira linha temos tudo que gostamos nele na escrita.
Na realização o trabalho de Tarantino e exigentíssimo e as coisas funcionam em plenitude. Uma homenagem uma visita ao passado pensada ao ultimo momento, na melhor realização do ano e talvez uma das melhores da carreira de alguém como Tarantino.
O cast e recheado não so de estrelas mas de cameos significativos. Contudo o peso do filme esta em Pitt e Di Caprio, que funcionam perfeitamente quem individualmente quer em sintonia. O maior destaque vai para DI Caprio, em mais uma prestação para a eternidade, versátil, carismático, exigente temos tudo num dos melhores papeis em filmes de Tarantino. Pitt funciona mais no seu lado mais descontraído, que encaixa perfeitamente no registo mais obsessivo de Di Caprio mas parece-me um papel mais fácil.

O melhor  -  A viagem ao passado total que Tarantino nos permite com uma abordagem totalmente original.

O pior - Durante a primeira hora o filme e mais um registo de pormenores do que um filme como um todo

Avaliação - B+

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