Friday, June 07, 2019

All is True

Kenneth Brnaghan e um autor que se dedicou sempre aos trabalhos de Shakespeare, hernando aquilo que Laurence Olivier fez noutro tempo. Neste ano o realizador britanico foi para alem das obras do dramaturgo para realizar e interpretar os ultimos dias do mesmo no seu regresso a terra natal. Em termos criticos este filme teve longe de ser brilhante com avaliações medianas, sendo que comercialmente as coisas estiveram bem longe daquilo que este realizador consegue quando tem estudios maiores consigo.
Sobre o filme estamos num lado mais intimista e menor comercial de Branaghan, temos um cinema de grandes dialogos, dentro da tradição britanica que tenta homenagear o autor entrando na sua vida. O resultado do filme embora quase sempre bem realizado e com um trabalho de caracterizaçao do ator magnifico acaba por se tornar algo monotono, ja que os dialogos sao muitos longos e os planos muito curtos.
Fica a ideia que a historia em si tinha um peso e um significado que o filme nao consegue transmitir aos seus personagens muito por culpa do facto do filme ser demasiado preso as palavras mais do que as ações. E conhecido que o cinema tradicional britanico e parado mas penso que neste caso deviamos ter mais obra, mais reconhecimento do que uma historia demasiado presa.
Fica a tarefa concluida de Branaghan interpretar a personagem historica que definiu a sua carreira, longe de ser o filme mais forte, ou mais polemico sobre Shakespeare, e mais um filme sobre a dinamica final da vida dele, e podera ser pequeno de mais para o que poderia merecer.
A historia fala do dramaturgo que a perder sucesso volta para a sua terra natal e para junto da sua familia, onde tem que conseguir ultrapassar os crises familiares entretanto instaladas e mais que isso o acontecimento do passado que marcou a vida.
Em termos de argumento e um filme dificil pela obra de SHakespeare, pelo lado ficional do filme e mais que isso porque opta por dialogos muito grandes. O resultado nao e coeso com alguns dialogos de primeira linha, embora muito longos com outros pouco realistas.
A realizaçao de Branaghan quer entrar nas personagens aproximando-se da face das mesmas acabando por isso tirar ritmo. Um realizador que ora e tarefeiro de grande estudio ora e um traidicionalista, nao e um realizador de primeira linha embora seja competente.
Na interpretaçao branaghan parece-me um actor em boa forma, embora nunca tenha sido alguem com grande reconhecimento nesta arte. Parece-me bem interpretado o filme, embora o cast tenha alguns problemas da diferença de idades e no realismo que isso tira ao filme.

O melhor - A caracterizaçao de Branaghan.

O pior  - Os dialogos sao demasiado longos

Avaliação - C-

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