Numa altura em que as baterias de hollywood parecem estar apontadas para biopics sobre musicos ainda vivos, ou outros icons, a Netlfix surpreendeu com a adaptaçao ao ecra do biopic dos elementos dos Motley Crue. Este filme que tentou demonstrar todos os exageros dos elementos do grupo estreiou com algum mediatismo, principalmente nos EUA onde a banda teve maior sucesso. Em termos criticos as coisas nao foram brilhantes e comercialmente penso que apenas junto dos fas da banda o filme podera resultar.
Assim como os Motley Crue estao longe de ser convencionais o seu biopic é feito com os exageros e irreverencia da banda num sucessão de eventos que demonstram bem a imaturidade presente em cada um deles. O inicio do filme e a abordagem do mesmo, é original, transformando o filme numa comedia satirica com espirito critico bem apurado, demonstrando bem o realismo dos elementos que funcionam como produtores do filme.
Na segunda fase quando o filme entra nos apontamentos mais dramaticos o filme funciona a todos os niveis pior, primeiro porque nao tem atores suficientes para dar o impacto emocional ou degradante das personagens, funcionando sempre melhor no teor ligeiro, no teor do absurdo e da auto critica. Um dos outros grandes problemas do filme e o nao acompanhar da degradação fisica das personagens ao longo do tempo, fica sempre a ideia que estamos no mesmo momento temporal quando filme abarca mais de uma decada de carreira.
Ou seja um filme que acaba e bem por ser o espelho da banda que retrata, funcionando mais com o conceito do que com a arte, funcionando mais na rebeldia do que na historia certo e que quebra com o convencional nos biopics sobre musicos, assumindo que os Crue estiveram longe de ser uma banda de musica para ser um grupo de pessoas com formas de vida que por acaso tocavam musica.
A historia fala da criaçao da banda e as origens de cada um dos elementos bem como os exageros provocados por todos no decurso do sucesso de uma banda rock que se manteve ao longo de diversos anos.
O argumento e baseado numa autobiografia com muito sentido critico o que nem sempre e facil em pessoas famosas, essa humildade relativamente as falhas e aos exageros cometidos demontram por um lado a incorreçao que teve sempre presente na banda e funciona principalmente na primeira hora do filme.
Na realizaçao o leme foi entregue Jeff Tremaine, realizador associado aos filmes e clips de Jackass que tem aqui o mais proximo dos seus amigos em termos musicais. O filme tem uma abordagem original que funciona muito bem em termos comicos, que se diluiu ao longo do filme, quando quer ser mais dramatico o filme e claramente menos funcional.
No cast o filme reune uma serie de jovens ainda em crescimento na carreira. O resultado não e brilhante eles nao funcionam plenamente principalmente na exigente vertente dramatica. Na construçao de bonecos Machine Gun Kelly acaba por ser o mais impactante aproveitando tambem o lado mais comercial que Tommy Lee sempre teve
O melhor - A primeira hora de filme.
O pior - A entrar no lado dramatico o filme perde alguma identidade e mais que isso os interpretes mostram as suas debilidades
Avaliação - B-
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