Friday, March 01, 2019

Climax

Gaspar Noe e talvez o re uealizador mais rebelde da atualidade, seguindo os passos de Von Trier mas com um lado ainda mais independente o realizador frances deu ao cinema nos ultimos anos alguns dos seus filmes mais polemicos, embora na realidade nunca tenha trazido qualquer sucesso significativo para alem da polemica. Em 2018 em Cannes surgiu este estranhissimo Climax. AO contrario dos outros filmes do realizador este ate foi um filme bem avaliado mas insuficiente para premios. Em termos comerciais Noe esta longe de ser um realizador de massas e nao era com este filme que o iria fazer.
Climax é um grito de rebeldia do primeiro ao ultimo minuto, fracionado em duas partes diferentes, temos formas diferentes de funcionar. Se a loucura do mundo da dança e do tectonico nos dao na primeira fase momentos de dança bem coreografados, intensos e bem realizados, deixando transpor a loucura de base para o que vamos assistir em seguida.
Na segunda parte o filme entra na fase do choque puro, nao so nas sequencias de violencia, sexo, loucura, realizado de uma forma que segue uma loucura total de diversas pessoas completamente alteradas por droga aluciniogeneas e o filme e um disparo para o nosso cerebro com um conjunto movimentado de barulhos, sons e imagens capazes de inquietar de forma negativa os espetadores.
Ou seja um filme que tem a irreverencia maxima de Noe, sendo um filme com aspetos tecnicos originais e alguns deles bem realizados, entra na fase final no choque por si só, e na forma que Noe tem de tentar chocar o que acaba por tornar o seu filem quase impossiveis de ver em muitos momentos e este acaba por se esvaziar por no final so querer ser diferente e polemico.
A historia fala de uma serie de jovens dançarinos que se junta numa festa, com alcool, contudo a sangria que todos bebem acaba por ter LSD acabando por conduzir a um festival de extremos entre todos os presentes.
Em termos de argumento o filme na sua essencia tem duas linhas, uma primeira que e a presentaçao das personagens nos primeiros cinco minutos e depois deixa a espontaneadade do que poderia ser o efeito daquela droga com uma inexistencia total de um argumento.
Noe e um realizador diferente, arrojado, polemico, mas ainda lhe falta e esta longe de conseguir uma obra prima. Aqui temos sequencias bem realizadas com outras que apenas sao mal filmadas para chocar acabando por tornar partes do filme completamente indecifraveis. Sera sempre um realizador so polemico.
No cast um conjunto de jovens actores com destaque para Boutella uma actriz de maior valor que aqui basicamente tem que ter para si o lado de dançarina ja que em termos de interpretaçao ao ser um filme sem personagens acabou o filme por nao exigir muito dos mesmos.

O melhor - ALgumas sequencias muito bem realizadas

O pior - A loucura acaba por tomar conta do filme e do seu resultado.

Avaliação - C

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