Friday, July 13, 2018

Woman Walks Ahead

A guerra entre a armada americana e as comunicades indias estão outra vez na mó de cinema em termos de cinema americano. Depois de no final do ano passado ter surgido o cru Hostils, surge agora um filme mais emocional com o mesmo debate. Este filme que reuniu um cast de primeira linha, acabou por ter menos mediatismo, muito por culpa de uma receção critica pouco entusiasmante. Comercialmente mesmo com um elenco de primeira linha os resultados acabaram por ser muito pobres e tornar-no um floop na carreira dos seus protagonistas.
A redenção do povo americano com os seus povos de origem é algo que começa a ser perfeitamente visivel nos filmes mais recentes sobre a relação com os mesmos. Aqui temos um filme com mais coração do que raciocinio, uma especie de biopic mas que rapidamente se torna numa novela emotiva nem sempre bem pensada em termos daquilo que pode ser documental. E em filmes com este grau de historicidade pede-se obviamente mais cabeça e mais detalhe do que propriamente um filme de personagens com coração, principalmente no que diz respeito à dinamica politica do filme.
Talvez por isso, ou seja por ser um filme demasiado simplista no assunto que quer tocar que este filme acabou por passar algo incognito em termos criticos mas acima de tudo também em termos comerciais. Falta-lhe elementos que retirem o filme apenas do plano emocional, principalmente porque o filme adota totalmente uma versão partidária, o que em filmes deste genero parece sempre algo perigoso.
Ou seja um western algo romantico, que em termos de produção acaba por ser algo limitado com uma pertinencia algo politica, mas que nos parece ter dificuldades em assumir uma mensagem clara e partidaria. Por vezes parece que o filme está mais preocupado em ser bonito do que ser real.
A historia fala de uma pintora que depois da morte do marido acaba por decidir pintar o retrato de um chefe de uma tribo india. O seu empenho acaba por a conduzir ao centro de uma guerra politica relativamente aos direitos daquele povo.
Em termos de argumento, a base da historia é forte, quer do ponto de vista do significado para os EUA, mas também em termos politicos. Contudo o filme opta por nos dar demasiada emoçao das persoangens tornando-se demasiado novelesca e isso tira alguma maturidade aquilo que o filme poderia signficar.
Na realização Susana White está a dar os primeiros passos no cinema, mas ainda lhe falta um filme que se assuma como uma obra de referência. Ja percebemos que consegue chamar aos seus filmes actores de primeira linha, mas ainda falta a mestria para os aproveitar ao maximo.
Em termos de cast, o filme e dominado por uma Chastain que sofre pelas debilidades de uma personagem algo monocordica. Ao seu lado uma serie de actores competentes mas cujas personagens não lhes permitem grandes voos.

O melhor - A questão politica.

O pior - Por vezes o excesso de coração acaba por danificar a mensagem dos filmes.

Avaliação - C-

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