Sunday, July 08, 2018

The Catcher Was a Spy

filmes sobre a segunda guerra mundial é quase como um vicio para as diferentes produçoes de hollywood em diversos niveis e escalas. Este ano com um elenco de primeira linha, mas com uma produçao mais secundaria surgiu este filme, um biopic sobre um ex jogador de basebol que se tornou espião em plena construçao atomica da segunda guerra mundial. Criticamente as coisas nao correram particularmente bem para o filme com avaliações demasiado medianas. Comercialmente a  pouca divulgação do filme conduziu a que tudo fosse pouco explosivo e resultados muito modestos, principalmente tendo em conta o cast que o filme apresenta.
Sobre o filme em si nao existe grandes duvidas que a historia em si de Moe Berg daria certamente para um filme de primeira linha, o problema e que o filme nunca tem forma de se assumir desta forma e acaba por desaproveitar os diferentes vetores que a personagem lhe da, para nos dar uma construçao difusa, pouco trabalhada e mais que isso pouco intensa.
Começa logo na forma como nao trabalha o lado pessoal da personagem, a espaços temos um ou outro ponto relacionado com a sua indifinaçao sexual mas isto nunca e realmente tema no filme, quando num filme mais complexo e completo tal deveria ser um ponto que influenciava as vivencias diarias do filme. Em termos da espionagem em si parece tambem que o filme nunca consegue ter a intensidade para nos pregar a cadeira, e isso acaba por ser essencial no genero.
Ou seja um filme biopic sobre uma das personagens da segunda guerra mundial, numa segunda linha de cinema, um filme que nao consegue na sua produçao mas especialmente no seu argumento ganhar argumentos para voos mais elevados, acabando por se tornar quase de expressao insignificante.
A historia fala de Moe Berg, desde o momento em que o mesmo acaba por terminar a sua carreira como jogador profissional de basebol, ate a sua integraçao na armada americana onde acaba por assumir o papel de espiao.
Em termos de argumento parecem existir problemas claros. Numa personagem interessante o filme tem dificuldade em encontrar os equilibrios entre a vida pessoal e o lado historico da personagem, parecendo dois filmes diferentes sobre a mesma personagem. Tem ainda dificuldade em gerir bons ritmos emotivos.
Na realizaçao o trabalho a cargo do experiente Ben Lewin tem falta de rasgo, principalmente nas sequencias de guerra e acçao o filme e extremamente limitado fruto de uma produçao comedida, parece que o filme sofre em demasia estas restriçoes.
No cast parece-me obvio que Rudd funciona bem melhor em comedia do que em drama, sendo aqui a prova cabal desse facto. Num filme de uma personagem a intensidade poderia surgir da interpretação o que nunca acontece.

O melhor - A personagem da historia

O pior - O filme ter dificuldades em gerir o lado pessoal e o lado historico da mesma

Avaliação - C-

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