Muitas decadas depois da primeira adaptação deste filme ao cinema surge agora um remake, baseado na tradição britanica de cinema de forma a tentar fomentar uma nova vertente de uma historia conhecida da literatura. Mas muitas vezes os remakes não tem a intensidade e a imprevisibilidade que lhes permita uma força supre no momento do seu lançamento dai que este filme, ainda que com um bom cast and crew tenha acabado em cinemas selecionados com resultados consistentes tendo em conta a distribuição e com uma critica moderadamente positiva que acaba por fazer com que o filme cumpra nos limites minimos os objetivos a que se propos.
Sobre o filme, eu confesso que por vezes e na maioria das vezes acho os filmes tradicionalmente britanicos, algo aborrecidos e que sobrevivem na forma como as suas paisagens alimentam a beleza natural dos filmes. Sobre este filme eu confesso que o achei muito difuso, para alem de recorrer a atalhos narrativos que nem sempre conseguem potenciar sofre por um final também ele difuso que acaba por retirar grande parte da objetividade que por vezes um filme denso como este necessitava de ter.
POr isso parece-me um filme com demasiadas falhas, e se por um lado é obvio e funcional a forma como o filme nos quer dar a inexperiencia da personagem central, e o seu lado impulsivo, na forma como o filme tenta potenciar a escalada passional entre o casal, parece tudo ser demasiado rapido, e na intriga central o filme tenta sempre tornar tudo difuso para surpreender o espetador, acabando posteriormente por nunca conseguir ter efeito desejado no seu final.
Por tudo isto um filme algo cinzento, que vive muito do lado bucolico das suas paisagens, algo que é comum na maioria dos filmes britanicos de epoca, de uma boa composiçao da sua protagonista, e do sentido do argumento na forma como coloca a nú as fragilidades da imaturidade das personagens, contudo junto a este ponto surgem muitos outros que podiam e deviam ser mais trabalhados, como a relação central, e o impacto do seu fim.
A historia fala de um jovem que depois de ver o seu padrinho se apaixonar e morrer nas mãos de uma viuva, promete vingança da mesma, contudo com a aproximação desta, todo o odio acaba por se tornar uma obsessão que o pode tornar numa possivel vitima da ambiçao daquela mulher.
Em termos de argumento penso que o filme tem alguns problemas de equilibrio ao longo das suas fases, onde sobressai a incapacidade de construir uma relação intensa, o que me parece fundamental para o efeito que o filme quer ter, mas também me parece que o filme tem dificuldades no seu final, numa tentativa de ser mais subtil, tudo acaba demasiado difuso.
Roger MItchell e um bom realizador britanico, que principalmente nos filmes contemporaneos, com trabalhos emocionais bem montados, alguns dos quais que conseguiram um impacto interessante como o mitico Noting Hill. COntudo e pese embora este resultado nunca foi um realizador de primeira linha, e neste trabalho mais de epoca, demonstra dificuldades em gerir o ritmo muitas vezes pesado que estes filmes naturalmente acabam por ter.
No que diz respeito ao casting a escolha de Weisz e acertada pela facilidade com que a actriz consegue transmitir aquele aspeto inocente e simpatico, que acaba por ser fundamental para a personagem. Pior na minha opinião Claffin, por um lado porque tem a seu cargo maiores despesas do filme, mas também pelo facto de na minha opinião recorrer por diversas vezes a maneirismos que nem sempre funcionam.
O melhor - A forma como critica e põe a nu as fragilidades de uma inocência declarada.
O pior - A forma como o filme não consegue dar impacto a um final que tinha de ter outro peso
Avaliação - C-
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