Saturday, August 26, 2017

Lowriders

Para alem dos filmes sobre a comunidade afro americana nos EUA, nos ultimos tempos tem surgido um outro tipo de filmes, sobre outra comunidade bem presente nos EUA que tem conseguido chamar a si algum publico, falo dos hispanicos, principalmente mexicanos e filmes que abordam algumas das suas tradicoes e os seus gostos. Este filme sobre lowriders, ou seja a capacidade de modificar carros foi uma das apostas deste ano, criticamente as coisas foram medianas, mas comercialmente para um filme sem grandes figuras e para um filme que inicialmente estreou em poucos ecras podemos dizer facilmente que o resultado ficou consistente.
SObre o filme podemos dizer que nao se trata de um filme muito complexo, ou com um argumento muito coeso ou abrangente, trata-se de um filme simples sobre carros e dramas familiares, quase sempre mais preocupado em fazer se funcionar no aspeto emocional, com o seu happy ending, do que propriamente num dado realista sobre uma familia com aquelas caracteristicas, isto pode o filme facilmente ser considerado pequeno.
Em termos emotivos e um filme simpatico, com oscilaçoes de todas as partes apostado em tentar demonstrar dramas familiares de um ponto de vista positivo, contudo muitas vezes parece muito rapido a resolver alguns conflitos complicados que o filme tras e nisso o filme tem pouca dimensao ou parece pouco maduro, caindo muitas vezes num facilitismo de um cinema de segunda o que faz com que o filme seja sempre demasiado simples nos objetivos para grandes voos.
Ou seja um filme que mais nao quer do que fazer imperar uma comunidade cada vez mais significativa tambem no cinema, algo que os afro americanos ja fizeram a muito tempo, ou seja marcar presença num cinema mais comercial, com os seus gostos e tradiçoes bem presentes, num estilo obvio de segunda linha.
O filme fala de um jovem artista de rua com problemas com o pai que sonha com a ajuda do mesmo na sua oficina tendo em vista uma competiçao para alterar carros, relaçao esta que sofre um contratempo na altura em que um irmao sai da cadeia e incendeia a relaçao complicada com o seu pai.
Em termos de argumento e um filme de processos simples, em todo o seu percurso, nem sempre original, previsivel na sua conclusao, com uma mensagem positiva, mas sem grandes personagens ou dialogos, optando quase sempre pelo obvio.
Na realizaçao Ricardo de Monterioul um peruano que tem aqui o seu trabalho mais visivel, em alguns planos principalmente na competiçao de carros demonstra conhecer a cultura trabalhada no filme, mas pouco mais, no restante nem sempre o filme consegue fazer-se vincar em qualquer plano de realizaçao.
Por fim no cast, o protagonismo vai para Gabriel Chavarria, com um papel algo cinzento perdendo grande parte das sequencias para os seus colegas de cast, mais conhecidos e conceituados, mas com personagens mais marcantes, é um actor ainda jovem e por vezes este pode ser um inicio de uma carreira. Nos secundarios Birch com menos maneirismos que Rossi e o balanço do filme.

O melhor - A cultura de uma comunidade cada vez mais influente no cinema

O pior -O pouco risco do argumento

Avaliação - C+

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