Friday, August 11, 2017

Everything, Everything

A ligação entre o cinema e a literatura sempre foi algo comum, e actual, ou seja mal surja um livro com registos interessantes de vendas, e uma questao de tempo ao mesmo ter a sua adaptação ao cinema. Foi isso que aconteceu com este filme, que sem grandes figuras acabou por conseguir uma expansao wide, que lhe permitiu resultados simples, mas consistentes tendo em conta o filme em si, mesmo que criticamente a mediania nao tenha servido de grande impulso para os resultados finais do mesmo.
Sobre o filme, um dos problemas principalmente da literatura de maior sucesso e que se tratam de livros apenas com uma vertente emocional ou romantica, pouco complexa, dai que os filmes que dai resultem acabem por nao poder ter muita maior abrangencia, acabando por facilmente se tornarem obras obvias que pouco ou nada puxam pelos seus interpretes e rapidamente se tornam previsiveis, sendo que este filme e mais uma dessas paixoes na adolescencia.
O unico ponto que acaba por dar ao filme alguma frescura ou mesmo alguma assinatura, centra-se logo na sua fase inicial e nas primeiras conversas ainda online, pela forma como as mesmas em termos de realizaçao sao levadas na imaginaçao para os planos construidos pela personagem, ai o filme consegue ter alguma dose de criatividade e alguma expressao criativa, algo que nao consegue ter no resto dos seus parametros.
Ou seja um filme emocional para adolescentes, sobre amor, sobre vida, que no seu twist acaba por ser demasiado previsivel, os poucos rasgos de diferenciaçao que o filme tem acaba por rapidamente desaparecer, e isso acaba por tornar o filme cada vez mais previsivel e simplista na forma como se encaminha para o fim. Mas cada vez mais se espera historias de amor real e tradicionais e esta e uma delas.
A historia fala de uma jovem que fruto de uma doença tem de ficar todo o tempo em casa, num espaço confinado, até que conhece pelo vidro um seu vizinho com quem começa a interagir  inicia um novo amor, que vai ser posto em causa pela sua condiçao
Em termos de argumento podemos dizer que na base o filme ate pode ser algo diferente, pelas caracteristicas ou condiçao da personagem principal, contudo com o passar do tempo os pequenos apontamentos diferenciadores do filme, vão desaparecendo, sobrando uma simplista e aborrecida historia de amor
Na realizaçao Stella Maghie e uma simples desconhecida que neste ponto acaba por nunca ter particularmente nenhum apontamento que subinhe o seu trabalho, é um trabalho simples, sem grande risco, mais vocacionado para a emoçao simples e para uma banda sonora no mesmo sentido.
Sem figuras de renome, todas as despesas do filme, ainda que poucas, iam para o casal de adolescentes, quase desconhecidos que tinham a seu cargo o protagonismo de um filme com alguma visibilidade. Penso que ambos são apagados, desprovidos de um carisma natural, num filme que nada lhes exige enquanto interpretes. Mesmo assim, penso que Stenberg funciona bem melhor do que Nick RObinson

O melhor - Os dialogos mentais contextualizados

O pior - A forma como o filme vai perdendo os seus apontamentos mais diferenciadores ao longo do seu tempo

Avaliação - C

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